Caracterização química, avaliação antimicrobiana e o desenvolvimento de uma formulação com o óleo de Copaifera reticulata Ducke

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Josiane Elizabeth Almeida e lattes
Orientador(a): OLIVEIRA, Elaine Cristina Pacheco de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Instituto de Biodiversidades e Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/456
Resumo: A óleorresina de copaíba possui diversas propriedades medicinais já comprovadas, entre elas destaca-se a atividade antimicrobiana. O objetivo desse trabalho foi avaliar a composição química da óleorresina de Copaifera reticulata Ducke, a citotoxicidade e a atividade antimicrobiana frente às cepas Staphylococcus aureus; S. aureus resistente a meticilina e S. simulans nos períodos sazonais (seco e chuvoso) da óleorresina, bem como obter uma formulação fitoterápica semissólida contendo a óleorresina de Copaifera reticulata Ducke. Para isso, foi realizada a cromatografia Gasosa acomplada a Espectrometria de Massa (CG EM), para avaliar a composição química da óleorresina, a atividade citotóxica in vitro utilizando células da linhagem VERO. A atividade microbiológica por difusão em poço e microdiluição em placas e a formulação foi obtida por fusão da manteiga de murumuru a 45º C e em seguida, com a adição do tensoativo, água e óleo para formação de um sistema emulsionado. Os resultados obtidos mostram que, foi possível identificar apenas três amostras, sendo descritas como Amostra 1 do período seco e chuvoso (1S e 1C) Amostra 2 do período seco e chuvoso (2S e 2C) e Amostra 3 do período seco e chuvoso (3S e 3C) botanicamente, na análise química o β- cariofileno foi identificado como componente majoritário em todas as amostras utilizadas, as amostras 2 C, 2 S, 3 C e 3 S apresentaram citotoxicidade apenas na concentração de 200 µg/mL, e a amostra 1 C e 1 S não apresentou citotoxicidade em nenhuma das concentrações utilizadas, nas bactérias utilizadas constatou ação antibacteriana indicando que houve ação da óleorresina. A determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) demostrou que a óleorresina coletada no período chuvoso mostrou forte inibição para a bactéria S. aureus meticilina resistente e S. aueures, enquanto que do período seco mostrou uma fraca inibição para todas as cepas testadas. A formulação incorporada com a óleorresina apresentou-se estável, com aspecto de gel, de cor amarelo claro e odor amadeirado, com aparecimento de anisotropia e birrefringerência, com textura em forma de estrias, característico de fase hexagonal que vem sendo empregada em alguns estudos para liberação sustentada de fármacos. Os resultados obtidos no presente trabalho reforçam ainda mais a importância da óleorresina de copaíba proveniente da região Amazônica como fitoterápico com potencial antibacteriano, sendo desta forma, uma fonte promissora para a síntese de novos fármacos com atividade antimicrobianos.