Avaliação química e atividade antitumoral in vitro do óleorresina de Copaifera reticulata Ducke

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: FROTA, Jhéssica Krhistinne Caetano lattes
Orientador(a): OLIVEIRA, Elaine Cristina Pacheco de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Instituto de Biodiversidades e Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/454
Resumo: A copaíba é uma das árvores nativas mais utilizadas na região Amazônica devido o seu grande potencial farmacológico. O óleorresina produzido pela copaíba é amplamente utilizado para fins medicinais possuindo várias atividades biológicas comprovadas, dentre elas a antitumoral. O câncer é a segunda doença que mais causa mortes no Brasil, e a investigação do potencial antitumoral do óleo de copaíba é uma alternativa para a formulação de novos fármacos que combatam esta doença. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a composição química e a atividade antitumoral in vitro do óleorresina de Copaifera reticulata Ducke. A coleta do óleo foi realizada na Floresta Nacional do Tapajós, Belterra-PA. O óleo foi fracionado através de destilação simples para obtenção das frações volátil e resinosa. Para avaliação da atividade antitumoral in vitro foram utilizadas oito concentrações do óleorresina total e de suas frações nas linhagens tumorais MCF7 (câncer de mama), HOS (osteosarcoma), PC3 (adenocarcinoma de próstata) e H1299 (carcinoma pulmonar), e nas linhagens leucêmicas: Nalm 6 (leucemia B) e Jurkat (leucemia T), através do ensaio do MTT - Método do sal 3-(4,5-dimetil-2- tiazol)-2,5 difenil-2-H-brometo de tetrazolium. A determinação da IC50 (concentração inibitória capaz de provocar 50% do efeito máximo) foi realizado através de regressão não linear pelo software Origin 8.0 e os gráficos gerados pelo Software GraphPad Prism 2007. A composição química do óleorresina foi analisada por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CG-EM) e a identificação dos compostos por comparação de seus espectros de massas (EM) e do Índice de retenção (IR) com os dados disponíveis na biblioteca NIST versão 2.0 e ADAMS, 2007. Na análise da composição química do óleorresina de C. reticulata foram identificados vinte e seis sesquiterpenos e seis diterpenos, corroborando com os trabalhos disponíveis na literatura sobre a composição química do óleo de espécies do gênero Copaifera, onde o maior percentual de substâncias são pertencentes à classe sesquiterpênica. O óleorresina bruto e suas frações volátil e resinosa apresentaram citotoxicidade às linhagens cancerígenas testadas, comprovando assim, o potencial anticancerígeno do óleo de C. reticulata Ducke. Dentre as amostras estudadas, a fração resinosa (FR) obteve destaque pois apresentou a menor IC50, onde em menores concentrações de FR, inibiu 50% da viabilidade das células neoplásicas testadas. Na quantificação da apoptose da linhagem mais sensível aos tratamentos (H1299-carcinoma pulmonar), a fração resinosa demonstrou maior percentual de indução à morte celular.