Tratamento biológico de efluentes do processamento da mandioca: incentivo sustentável as unidades produtoras de farinha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Patrícia Santos
Orientador(a): HENRIQUE, Israel Nunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida
Departamento: Centro de Formação Interdisciplinar
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/124
Resumo: A mandioca é uma cultura de destaque no Brasil, com elevada produção e consumo. Do seu beneficiamento surgem a farinha ou fécula como produtos finais, a partir de diferentes tipos de processamento. Nesse contexto são gerados resíduos sem destino adequado, a exemplo da manipueira e da água residuária de puba. Esses efluentes são ricos em matéria orgânica, com baixo pH e presença de cianeto. Desse modo, o objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência de tratamento biológico dos efluentes, como forma de incentivo sustentável as unidades produtoras de farinha. O experimento consistiu de três sistemas, sendo utilizados lagoas facultativas (L1, L2 e L3) e reatores UASB (U1, U2 e U3) cada um tratou afluente com as seguintes proporções: (A1) esgoto bruto e água de puba (6:4); (A2) esgoto bruto e manipueira (9:1) e (A3) esgoto bruto, água de puba e manipueira (6:3:1), os quais foram preparados semanalmente um volume de 150 litros. Todos foram monitorados e avaliados através de análises físicas e químicas. A caracterização da manipueira apresentou os seguintes resultados: pH de 4,51; cianeto total de 297 mg. L-1 e DQOt de 62.493 mg. L-1. Enquanto que, a água de puba apresentou pH de 3,85; cianeto total de 27,6 mg. L-1 e DQOt de 11.124 mg. L-1. A estabilização do pH das lagoas em relação aos afluentes, apresentaram em todos os cinco ciclos de partida de tratamento dentro do recomendado para a capacidade tampão dos reatores UASB. Com relação a concentração de CN-, as lagoas (L1, L2 e L3) removeram, respectivamente, 76%, 66% e 71%. Para a DQO, foram obtidos valores de remoção global de 66% para o sistema 1, 63% para o sistema 2 e 59% de remoção no sistema 3. Os efluentes tratados dos reatores UASB demonstraram teores importantes de NTK, NH4+, Pt e PO43- para o reuso na fertirrigação. Portanto os sistemas de tratamento apresentaram viabilidade técnica e econômica na utilização de processos biológicos na elevação do pH e na remoção de cianeto, bem como, na qualidade ambiental com a retirada de grande parte da matéria orgânica biodegradada.