"É hoje que eu pego um peixão": brincadeiras, espaços, e frequência do brincar em uma instituição de acolhimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CARVALHO, Milany Santos de lattes
Orientador(a): LEITE, Iani Dias Lauer lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Instituto de CIências da Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/808
Resumo: O objetivo deste trabalho foi conhecer como as crianças em situação de acolhimento institucional brincam no Município de Santarém – Pará. O espaço de acolhimento institucional é considerado um ambiente onde acontecem diversas formas do brincar da criança, assim como também um lugar onde ocorre desenvolvimento humano. Os participantes foram 05 crianças de cinco a doze anos. Como instrumentos de dados optou-se pela folha de dados sociodemográficos, roteiro de entrevista individual semiestruturada e roteiros de observação. Foram realizados registros de 5 minutos, totalizando 300 minutos de observação sistemática e 56 registros de observação geral da instituição. Os resultados mostraram que 85% das brincadeiras ocorrem nos espaços não estruturados, e 15% acontecem nos espaços estruturados. Referente aos dados obtidos das observações gerais e sistemáticas revelou-se que a brincadeira simbólica foi a mais frequente com 35,85%, seguida pela brincadeira de construção 28, 30%, exercício físico com 21,7%, turbulentas com 7,5% e com regras 3,7%. Foi encontrado uma relação entre o espaço e as escolhas das brincadeiras realizadas pelas crianças. Em relação às entrevistas as crianças responderam 15 questões sobre a rotina e a brinquedoteca, evidenciando-se em seus discursos que não utilizam a brinquedoteca da forma como gostariam, e ainda que brincam em espaços que não gostariam de brincar no decorrer do seu dia a dia. Portanto, este estudo contribui com resultados empíricos sobre o brincar em instituição de acolhimento, assim como, também elucida a necessidade de flexibilização no uso dos espaços para a ocorrência de todas as formas de brincadeira. Além disso, sugere-se que sejam implementadas novas políticas em relação à utilização da brinquedoteca por todos os profissionais da instituição, bem como, seja realizada a análise e melhoria das estratégias que promovam o brincar no contexto da instituição.