Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
SOUSA, Luciana Aparecida Freitas de
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Orientador(a): |
MOURÃO, Rosa Helena Veras |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia
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Departamento: |
Instituto de Engenharia e Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/341
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Resumo: |
A serpente Bothrops atrox é a principal causadora de acidentes ofídicos na Amazônia brasileira. A composição da peçonha dessa espécie sofre variações em função do crescimento e localização geográfica, sendo que as metaloproteinases de peçonha de serpentes (SVMPs) são os componentes mais abundantes dessa peçonha. As SVMPs são responsáveis pela hemorragia, o sintoma mais característico do envenenamento botrópico. Nesse estudo, foram avaliados dois pools de peçonha total de B. atrox, provenientes de ambiente natural (Floresta Nacional do Tapajós- PA, Brasil) e de cativeiro (serpentário do Instituto Butantan-SP, Brasil). As diferenças na composição dos dois pools de peçonha foram avaliadas por cromatografia de fase reversa. Além disso, foram isoladas duas isoformas de SVMPs de classe PIII por cromatografia de interação hidrofóbica e troca aniônica dos pools avaliados. Os pools de peçonhas exibiram perfis cromatográficos similares, porém com diferenças quantitativas na expressão de fosfolipases A2, SVMPs classe P-I e serinoproteinases, que predominaram na peçonha da área de floresta. Em ambos os casos, as SVMPs foram as toxinas majoritárias nas peçonhas de serpentes dos dois ambientes. As SVMPs-PIII isoladas exibiram atividade hemorrágica elevada e capacidade de degradar a fibrina de maneira dose dependente. No entanto, apenas a isoforma presente na peçonha oriunda de espécimes de cativeiro exibiu atividade pró-coagulante em presença de cálcio. Após o isolamento das SVMPs de classe P-III e sequenciamento com mais de 50% de cobertura, não foi possível detectar diferenças estruturais entre elas ou com a jararagina (SVMPs-PIII de Bothrops jararaca). Quando comparadas as SVMPs de B. atrox e B. jararaca, apenas a jararagina foi capaz de inibir a agregação plaquetária induzida por colágeno, o que sugere a presença de diferenças entre as moléculas, seja nas regiões que não foram sequenciadas ou glicosilação. Assim foi isolada uma nova SVMP de classe PIII da peçonha de B. atrox muito similar em estrutura com a jararagina, porém sem atividade de inibição agregação plaquetária. |