Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Meive Freire de
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Orientador(a): |
OLIVEIRA, Ricardo Bezerra de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia
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Departamento: |
Instituto de Engenharia e Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/117
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Resumo: |
Piper callosum Ruiz & Pavon, conhecida popularmente como “elixir paregórico”, é uma planta bastante utilizada na prática popular para o tratamento de muitas doenças, como as condições inflamatórias e dolorosas e problemas gastrointestinais. Apesar do potencial terapêutico desta espécie, são poucos os estudos voltados para a avaliação de suas propriedades farmacológicas e toxicológicas, sendo que tais estudos são essenciais para garantir a eficácia e segurança de plantas utilizadas tradicionalmente como medicinais. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar as atividades antiedematogênica e antinociceptiva do extrato aquoso das folhas de P. callosum (EAPC), investigar seus possíveis efeitos neurotóxicos e hepatotóxicos, bem como determinar seu perfil fitoquímico. A atividade antiedematogênica foi avaliada por meio do teste de edema de pata induzido por carragenina e a atividade antinociceptiva pelo teste da placa quente. Os possíveis efeitos neurotóxicos foram avaliados através dos testes comportamentais: labirinto aquático de Morris, barra giratória, campo aberto, labirinto em Y e caixa claro/escuro. A avaliação da hepatotoxicidade do EAPC foi realizada por meio da atividade das enzimas aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT) e fosfatase alcalina (FA). A prospecção fitoquímica foi determinada por cromatografia em camada delgada (CCD). Os resultados obtidos mostraram que o EAPC inibiu significativamente (p≤0,05) o edema de pata induzido por carragenina em todas as doses testadas (240, 360 e 480 mg/kg), em comparação com o grupo controle, demonstrado que o mesmo tem potencial como agente anti-inflamatório, porém, não apresentou efeito antinociceptivo central. O tratamento, tanto agudo quanto subcrônico, com o EAPC na dose testada (480mg/kg), não provocou alterações sobre a locomoção, memória e aprendizagem de ratos Wistar, o que indica que o mesmo não causa efeitos neurotóxicos. Os resultados encontrados para os níveis das enzimas ALT, AST e FA no soro de ratos demonstram que o tratamento por 21 dias com o EAPC na dose de 480 mg/kg, não causa efeitos hepatotóxicos. Para as classes de metabólitos investigadas por CCD, identificou-se apenas a presença de flavonoides. Os resultados indicam um potencial farmacológico do EAPC, o que justifica em parte o uso desta espécie na medicina popular. No entanto, são necessários novos estudos para conhecimento dos princípios ativos da espécie e dos seus possíveis mecanismos de ação. |