Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
https://orcid.org/0000-0003-3737-4981
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Outros Autores: |
SILVA JÚNIOR, Antônio Quaresma da |
Orientador(a): |
MOURÃO, Rosa Helena Veras
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biociências
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Departamento: |
Instituto de Biodiversidades e Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/412
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Resumo: |
Muitos estudos têm relatado uma grande variação dos constituintes químicos do óleo essencial (OE) de Lippia alba (Mill.) N.E. Brown, sendo a sazonalidade, fatores genéticos e ambientais os principais responsáveis por essas diferenças. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da sazonalidade e horário de colheita, no rendimento, composição química e atividades antimicrobiana e antioxidante do óleo essencial de L. alba cultivada em Santarém, Pará, Brasil, além de desenvolver uma formulação de uso tópico contendo OE com atividade antimicrobiana. Folhas de L. alba foram coletadas nos períodos chuvoso e de estiagem nos horários de 8, 12 e 17h do ano de 2014 e durante o período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. Parâmetros climáticos foram monitorados durante todo o período de colheita. OE foi obtido por hidrodestilação e seus componentes químicos foram analisados por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-EM). A formulação de uso tópico foi preparada com a incorporação de 10% do OE a uma base aniônica do tipo Lanette® e submetida a avaliação de sua estabilidade. A atividade antibacteriana contra S. epidermidis (CCCD S010) da formulação e OE foi realizada pelos métodos de disco de difusão em ágar e microdiluição em caldo. Para a atividade antioxidante do OE foi usado o método do sequestro do radical DPPH. Os constituintes químicos principais do OE (acima de 2%) foram submetidos à análise estatística multivariada (PCA, Análise de Componentes Principais; HCA, Análise Hierárquica de Agrupamento). O rendimento médio do OE variou de 2,2 a 4,3% em 2014, com maior percentual para o período chuvoso (março), enquanto que em 2016 variou de 1,6 a 4,5%, com variação significativa pela sazonalidade. As análises de HCA e PCA confirmaram a influência da sazonalidade na composição química do OE de L. alba. A precipitação pluviométrica e a radiação solar podem ser os principais fatores que contribuíram para a variação de alguns componentes químicos do OE durante os meses avaliado. No entanto, o composto químico majoritário da espécie é sempre o citral, independente do período sazonal e horário de colheita, o que caracteriza o seu quimiotipo. O produto formulado contendo o óleo permaneceu com cerca de 45% de citral e apresentou estabilidade em temperaturas até 25 ºC. No teste de centrifugação não foi observado mudanças quanto à homogeneidade, o que indica uma boa compatibilidade entre a base e o OE. O halo de inibição frente a S. epidermidis foi de 16 ± 1.73 mm (a 5 ºC) e 7.16 ± 0.28 mm (a 25 ºC) para a formulação e >45 mm para o OE puro em ambos os períodos. Foi observada maior efetividade do OE no período chuvoso com CIM de 1,25 µl/ml e 2,5 µl/ml no período de estiagem. Na atividade antioxidante, as amostras apresentaram baixa capacidade antioxidante, com percentuais de inibição do DPPH variando de 0,97 ± 0,16% a 2,87 ± 0,68%, sem influência significativa da sazonalidade. De acordo com os resultados, o período de colheita influenciou no rendimento, composição química e na atividade antimicrobiana do OE de L. alba. A formulação contendo o OE apresentou uma boa estabilidade e possui considerável ação antimicrobiana frente a S. epidermidis o que estimula a continuidade dos estudos. |