Estresses abióticos em poliploides sintéticos de Lippia alba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gusmão, Moisés Henrique Almeida lattes
Orientador(a): Viccini, Lyderson Facio lattes
Banca de defesa: Souza, Saulo Marçal de lattes, Azevedo, Ana Luisa Sousa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17003
Resumo: Lippia alba (Verbenaceae) é uma espécie nativa do continente americano, com ampla distribuição no Brasil. Popularmente conhecida como melissa, erva-cidreira e alecrim-docampo, dentre outros, possui porte arbustivo, perene, seus ramos enraízam facilmente ao tocar o solo. Suas folhas são ricas em óleos essenciais de interesse econômico e biotecnológico. L. alba destaca-se por ser um complexo poliploide, com ampla variação morfológica, genética e fitoquímica. Sabe-se ainda, que a composição química dos terpenos está diretamente relacionada ao conteúdo de DNA na espécie. A poliploidia tem impacto na morfologia, fisiologia e produção de compostos secundários nas plantas poliploides, conferindo-lhes características diferenciadas, como melhor tolerância a condições adversas, como o déficit hídrico e a salinidade. A poliploidia sintética constitui uma ferramenta adicional para compreender a evolução dos organismos, especialmente plantas, e avaliar os efeitos do aumento do tamanho do genoma. Neste estudo, utilizamos um indivíduo triploide sintético de L. alba e avaliamos os efeitos dos estresses hídrico e salino nos aspectos bioquímicos, genéticos e na composição química dos óleos essenciais. Além disso, descrevemos o processo de indução de poliploidia sintética a partir de um triploide sintético de L. alba, no intuito de obter hexaploides utilizando colchicina (0,2%) e analisamos os efeitos imediatos da duplicação cromossômica induzida. Os resultados evidenciaram que os estresses abióticos investigados aumentaram o teor de proteínas solúveis totais sob estresse hídrico. Além disso, a expressão dos genes relacionados à via biossintética de terpenos foi alterada em ambos os tratamentos. O ensaio de indução de poliploidia evidenciou inicialmente a formação de mixoploides. O tratamento com colchicina aumentou a taxa de mortalidade, alterou o tempo de desenvolvimento e o padrão de expressão gênica. Além disso, observamos ao longo do período de avaliação, que plantas que inicialmente se apresentavam mixoploides, reverteram ao estado inicial de triploide. Fato inverso também foi observado. De modo geral, o presente trabalho contribuiu para a compreensão do processo de indução de poliploidia em Lippia alba e de seus efeitos nos neopoliploides, além de apresentar novos insights sobre as respostas de plantas poliploides sintéticas sob estresses hídrico e salino.