Avaliação da exposição ambiental a agrotóxicos anticolinesterásicos em uma comunidade na fronteira agrícola Amazônida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: https://orcid.org/0000-0003-2426-656X lattes
Outros Autores: PEDROSO, Ilze Caroline Gois Braga
Orientador(a): TAUBE Jr., Paulo Sérgio lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Instituto de Biodiversidades e Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/713
Resumo: O objetivo do trabalho é avaliar a exposição ambiental a agrotóxicos anticolinesterásicos, na época de seus usos intensivos, em indivíduos de uma comunidade situada na fronteira agrícola da PA-370, na Amazônia. Os partipantes do estudo (n=32) são da comunidade rural de Boa Esperança, município de Santarém. Os dados epidemiológicos foram obtidos através do biomarcador acetilcolinesterase (AChE) para avaliação da intensidade de inibição da enzima por kit padronizado da Sigma-Aldrich, e por meio da aplicação de questionário sociodemográfico e de percepção do risco químico. O estudo é descritivo e transversal e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Ufopa. A intensidade de inibição da AChE foi definida como fraca (<30%) em 7 indivíduos e estatisticamente não significativa frente a amostra (p>0,05). O perfil sociodemográfico foi composto, em maioria, por indivíduo de 18 a 28 anos (37,51%), com ensino fundamental incompleto (28,13%) ou ensino médio completo (28,13%), solteiro (50%), autônomo (40,63%) ou que exerce outra atividade (40,63%), empregado sem carteira assinada (37,51%) com provento mensal de 1 salário mínimo (43,75%), residente há 10 anos ou mais na comunidade (68,75%), com moradia a mais de 200 e menos de 500 metros (37,50%) de produções de soja. A percepção frente ao risco químico, em suma, descreveu o hábito de fumar (53,13%) e que os indivíduos assinalaram como muito importante as perguntas relacionadas à sensibilização do risco dos agrotóxicos e sim ao conhecimento sobre a aplicação dos compostos no entorno (75%). As manifestações clínicas mais relatadas como sentidas logo após aplicação de agrotóxicos foram a cefaleia (14,16%), irritação ocular (9,81%), dor abdominal (6,91%), tosse (6,18%), cãibras (6,18%), visão turva (4,45%), diarreia (5,45%) e dispneia (5,45%). Não houve significância estatística (p>0,05) entre grau de escolaridade e concepção que os amostrados possuem do que é agrotóxico, nem entre a quantidade de sintomas relatadas e as variáveis faixa etária, tempo que reside na comunidade, distância de residência até produção de soja, considerar importante relatar sintomas e saber períodos que as produções do entorno aplicam agrotóxicos. Houve significância estatística (p<0,05) entre o hábito de fumar ou não e a quantidade de sintomas. Há dificuldade em estabelecer associações de causa e efeito entre o uso de agrotóxicos e efeitos crônicos advindos da exposição ambiental. Os dados obtidos trazem informações escassas sobre a fronteira agrícola da PA-370, sendo uma ferramenta útil à abordagem do panorama de exposição ambiental a agrotóxicos anticolinesterásicos na região.