Arecaceas: mapeamento em território indígena Munduruku – Aldeia Ipaupixuna, Santarém-Pará, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: PINHEIRO, Danilo Costa lattes
Orientador(a): OLIVEIRA, Patrícia Chaves de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia
Departamento: Instituto de Engenharia e Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1740
Resumo: As palmeiras são espécies da família Arecaceae, apresentam distribuição pantropical, ocorrem em diversos hábitats, altitudes e contêm grande diversidade de espécies. Esta família é importante para manter os ecossistemas em equilíbrio, além de apresentar um potencial econômico, principalmente na Região Norte. A presente pesquisa foi desenvolvida na aldeia Ipaupixuna, Território Indígena Munduruku do Planalto Santareno, Santarém/Pa, com o objetivo de analisar a espacialização de espécies de arecaceas em diferentes gradientes topográficos, declividade e de resposta ao estresse hídrico na aldeia Ipaupixuna. Para alcançar o objetivo proposto, utilizou-se a seguinte metodologia: mapeamento das arecaceas em campo, aquisição de dados de elevação em campo, aquisição de valores de declividade através de MDE (missão SRTM), classificação da declividade conforme proposto por Lepsch et al. (1983), aplicação do teste de Shannon-Wiener e aplicação do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada – NDVI. Foram amostrados 135 indivíduos, pertencentes a 10 espécies de arecaceas, a saber: Açaí (Euterpe oleracea Mart.), Babaçu (Attalea speciosa Mart. ex Expreng), Bacaba (Oenocarpus bacaba Mart), Tucumã (Astrocaryum aculeatum G. Mey), Buruti (Mauritia flexuosa), Pupunha (Bactris gasipaes Kunth), Inajá (Attalea maripa (Aubl.) Mart.), Caranã (Mauritia flexuosa L.f.; Mauritiella armata (Mart.) Burret.), Patauá (Oenocarpus bataua Mart.) e Mucajá (Acrocomia aculeata Jacq. Lodd ex Mart.). No presente estudo foi observado maior diversidade de espécies de arecáceas em baixas topografias (0 a 24 metros) (7 espécies), explicada pela maior quantidade de água no solo na Planície de Inundação. O relevo moderadamente ondulado apresentou maior número de espécie (9), indicando que as condições ambientais deste favorecem o desenvolvimento e dispersão das espécies de arecaceas. O NDVI evidencia que na área de estudo os valores são menores durante o verão amazônico principalmente onde o relevo é plano na porção com topografia mais alta, indicando estresse hídrico. No período chuvoso foi possível observar de modo geral maiores valores de NDVI para toda área de estudo. Diante do exposto, pode-se concluir que os diferentes níveis topográficos, declividade e disponibilidade hídrica afetam a variação da composição das espécies devido a diferentes respostas das mesmas para o ambiente heterogêneo da floresta. Cabe ressaltar a importância destas áreas para estudos futuros no que tange aos aspectos de conservação do solo tendo em vista o valor da espécie na geração de renda nos setores alimentícios e potencial medicinais das arecaceas, destacando sua importância socioeconômica para populações tradicionais.