Instrução pública no Baixo Amazonas e Tapajós: dificuldades e desafios na implantação das primeiras escolas no império

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Sidney Augusto Canto lattes
Orientador(a): COLARES, Anselmo Alencar lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Programa de Pós-Graduação em Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1170
Resumo: A presente pesquisa trata da Instrução Pública no período do Império, visando estudar o processo de implantação da “Instrução Pública” na Região do Baixo Amazonas e Tapajós, a partir do Decreto Lei de 15 de outubro de 1827, estendendo as análises até o final do Império, em 1889. A consideração de que, na região pesquisada, a educação só veio a se consolidar no período republicano (COLARES, 2005), me levaram a questionar: porque não se consolidou antes? Houve alguma tentativa de implantação? Se sim, porque não deram certo? Que dificuldades e desafios existiram nesse processo? A metodologia consistiu no levantamento, sistematização e utilização de obras relativas à educação tais como Saviani (2013), Gondra; Schueler (2008) e Ponce (1992), dentre outros. Também utilizamos informações mais específicas sobre a região pesquisada, obtidas em códices sob a guarda do Arquivo Público do Estado do Pará, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e da hemeroteca virtual da Biblioteca Nacional. Desta forma, trata-se de uma pesquisa de base bibliográfica e documental. A análise foi realizada por meio do Materialismo Histórico Dialético. A partir do pressuposto teórico, alguns acontecimentos de cunho político, econômico e social, que diretamente afetaram a implantação das escolas públicas na região também foram correlacionados ao texto, como por exemplo a Cabanagem, o sistema escravista, os ciclos econômicos do cacau e da borracha, bem como a atuação de diversos Presidentes que governaram a Província do Grão-Pará. A pesquisa revela que o processo de implantação das escolas públicas na região, hoje conhecida como Oeste do Pará, área de abrangência da Universidade Federal do Oeste do Pará, iniciou-se no século XIX sem, contudo, se consolidar, enfrentando desafios que impediam sua afirmação nesta parte da Província. Colares (2005), por exemplo, considera que tais escolas eram frágeis; fragilidade essa que só começaria a ser suplantada com a chegada das ordens religiosas da Igreja Católica à região, principalmente a dos Frades Franciscanos e a das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, que deram desenvolvimento e consolidaram a Educação Escolar em nossa região de estudo. Antes disso, diversos fatores levaram ao fracasso de muitas tentativas, como sugerem os estudos de Damasceno (2017), Lombardi (2010) e Saviani (2015), conforme podemos constatar ao longo desta dissertação.