Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
CAVALCANTE, Suellen Castro
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Orientador(a): |
OLIVEIRA, Patrícia Chaves de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia
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Departamento: |
Instituto de Engenharia e Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/151
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Resumo: |
As várzeas amazônicas são planícies fluviais que possuem florestas periodicamente inundáveis por rios de água branca e que apresentam extensas áreas ricas em recursos naturais de grande importância ecológica, econômica e social para as comunidade ribeirinhas. O objetivo deste estudo foi caracterizar o comportamento ecofisiológico de espécies de valor etnobotânico em várzea amazônica com base na condutância estomática (gs) em dois períodos sazonais (chuvoso e seca) e e em dois ambientes topográficos distintos (várzea baixa e várzea alta). Foi feito um levantamento etnobotânico com 32 famílias por meio de entrevistas em que foram aplicados questionários semiestruturados. Para análise dos dados foram usados os seguintes índices: Frequência Relativa de Citação, Valor de Uso, Nível de Fidelidade, Prioridade de Ordenamento e Shannon-Wiener. Foram citadas 33 espécies que se enquadram em sete diferentes categorias de uso: alimentar, medicinal, combustível, comercialização, construção, artesanal e sombreamento. O cataurizeiro (Crataeva tapia L.) foi a mais citada (56%), a castanheira de sapucaia (Lecythis pisonis Cambess.) teve maior Valor de Uso (1.0) e a categoria de uso alimentar apresentou maior Diversidade (H’=1.43). A comunidade de Saracura possui um rico conhecimento quanto ao uso das espécies vegetais nativas, que são utilizadas principalmente como alimento. Para a caracterização ecofisiológica baseada na gs, das 33 espécies foram selecionadas sete: Garcinia brasiliensis, Crataeva tapia, Nectandra cuspidata, Senna reticulata, Laetia corymbulosa, Pseudobombax munguba, Neea macrophylla. As leituras de gs foram realizadas com o auxílio de um porômetro AP4, em três horários diferentes (8:00-9:30 h, 12:00-13:30 h e 17:00-18:30 h). Os resultados mostraram que as espécies analisadas possuem plasticidade fisiológica variável e a gs difere entre os períodos sazonais e entre os ambientes topográficos. No período seco as condutâncias estomáticas entre as espécies são homogêneas e reduzidas e, no período chuvoso são heterogêneas e elevadas. N. macrophylla demonstrou ser a espécie mais tolerante ao déficit hídrico e S. reticulata a mais sensível. A espécie mais tolerante ao alagamento foi C. tapia e a mais sensível G. brasiliensis. Dessa forma, pode-se dizer que há diferença no comportamento ecofisiológico dessas espécies entre o período seco e o chuvoso. |