Resumo: |
Realizou-se um experimento na região de Belo Oriente, Estado de Minas Gerais, com o objetivo de verificar como as variáveis meteorológicas influenciam as trocas gasosas entre o dossel e a atmosfera em plantios clonais de eucalipto (E. grandis x E. urophylla) em tratamentos irrigados e não irrigados, com dois anos de idade e também determinar a variação diária, sazonal e produtiva da eficiência do uso da água. Para verificar a influência das variáveis meteorológicas nas trocas gasosas foram realizadas três campanhas de coletas de dados em ambos tratamentos, onde foram coletados dados de condutância estomática a cada trinta minutos durante o período diurno e temperatura, umidade relativa, velocidade do vento e irradiância solar global a cada dez minutos, e a partir das interações destas variáveis meteorológicas foi possível modelar a resistência estomática. Na determinação da variação diária da eficiência do uso da água foram realizadas duas campanhas uma no período úmido e outra no período seco, onde foram coletados dados de fotossíntese líquida e de transpiração a cada noventa minutos durante o período diurno e com a relação destas variáveis se determinou a eficiência do uso da água para cada horário de coleta de dados. A variação sazonal da eficiência do uso da água foi obtida a partir da estimativa das médias mensais da transpiração pelo método de Penman-Monteith e da estimativa da fotossíntese pelo modelo proposto por Goudriaan e van Laar e a eficiência do uso produtivo da água, da relação do total de madeira útil produzida para a produção de celulose com o total de água transpirada no período de outubro de 2002 a agosto de 2003. Os modelos propostos para a resistência foram baseados no produto do déficit de pressão de vapor e temperatura com o inverso da irradiância solar global, e mostraram-se eficientes na simulação das flutuações diárias. No que diz respeito a variação diurna da eficiência do uso da água mostrou-se maior nas primeiras horas do dia para ambos os tratamentos, onde a condutância estomática e a concentração de dióxido de carbono eram maiores, a variação sazonal no tratamento não irrigado apresentou valores maiores no período seco, onde a disponibilidade de água foi menor, enquanto o tratamento irrigado não apresentou grandes variações ao longo do ano. A eficiência produtiva do uso da água embora inicialmente tenha sido verificado menor valor para o tratamento não irrigado a eficiência do uso da água foi sempre crescente ao longo do período de estudo fazendo com que a eficiência produtiva do uso da água para esse tratamento superasse a do tratamento irrigado. |
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