O ensino superior reduzido à formação para o trabalho amplia a consciência ou o inconsciente? Uma avaliação com a Psicologia sócio-histórica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Caramalac, Moriele Córdoba
Orientador(a): Leão, Inara Barbosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2682
Resumo: Esta pesquisa teve por finalidade realizar um estudo sobre a concepção sóciohistórica de inconsciente e sua relação mediada pelo ensino superior com a consciência. Para tal baseamos nossa pesquisa nos pressupostos da Psicologia Sócio-Histórica e seu método materialista histórico-dialético, portanto entendemos que a constituição do homem se dá a partir do tipo de relação que este estabelece com o mundo e de acordo com o momento histórico de sua existência. Realizamos um levantamento do conceito de inconsciente nos estudos de Vigotski e de como a educação determina a estruturação psíquica como um todo, inclusive na relação entre consciência e inconsciente. Para analisarmos de que forma o ensino superior, especificamente o voltado para a formação profissional, participa da constituição psíquica dos sujeitos, analisamos o contexto educacional do Brasil e também realizamos uma entrevista com um recém formado no curso de engenharia. Para a análise da entrevista utilizamos a técnica da Análise Gráfica do Discurso Simplificada que nos permite identificar o discurso não desdobrado na fala do entrevistado. Esta pesquisa nos permitiu perceber que o ensino superior, principalmente aquele que visa apenas a formação profissional, tem dificuldades em promover a tomada de consciência dos sujeitos, uma vez que a educação não consiste apenas na passagem de conhecimento, seja ele prático ou teórico, mas sim na modificação estrutural do psiquismo. Ou seja, a educação em si não transforma conteúdos inconscientes em conscientes, mas é responsável pelo surgimento de funções psicológicas capazes de fazê-lo.