A PROPOSTA DE FERNANDO DE AZEVEDO PARA O ENSINO DE LITERATURA INFANTIL EM UMA NOVA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DIDÁTICO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Rosely Gonçalves de lattes
Orientador(a): BRITO, Silvia Helena Andrade de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação (Campus Campo Grande)
Departamento: FAED
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/4393
Resumo: A presente dissertação está inserida na Linha de Pesquisa História, Política e Educação do Curso de Mestrado em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob o título “A proposta de Fernando de Azevedo para o ensino de literatura brasileira em uma nova organização do trabalho didático”. Dessa forma, pretendeu-se analisar como Fernando de Azevedo defendeu o papel e a importância da literatura infantil para o trabalho didático no ensino primário, bem como a mesma contribui para o conhecimento da criança. A pesquisa é de caráter bibliográfico e documental, onde foram utilizadas como fontes primárias as obras de Fernando de Azevedo e como base teórica os textos de Gilberto Luiz Alves, além de bibliografia complementar necessária às reflexões sobre o tema da pesquisa. Na primeira parte da pesquisa foram discutidas as categorias: trabalho didático e organização do trabalho didático e, em seguida, os três elementos da organização do trabalho didático, a saber: relação educativa; elementos de mediação, tais como os recursos didáticos (com ênfase nos livros escolares e de texto); e o espaço físico. No segundo capítulo, buscou-se desvelar e analisar as propostas do educador frente ao uso do livro escolar e do livro de literatura infantil no ensino primário, bem como seus autores e suas produções. Destaque para o escritor Monteiro Lobato e a contribuição de suas obras dentro dos ideais escolanovistas de Fernando de Azevedo, já que o educador considerava a criança como sendo um elemento primordial na relação educativa, além de defender que os livros de literatura infantil deveriam ser escritos por autores brasileiros. Concluímos que Azevedo não conseguiu vislumbrar um projeto político mais amplo, sem foco específico na educação e que acompanhasse todo o processo de transformação pelo qual a sociedade capitalista estava se moldando. Assim, as escolas idealizadas pelo educador não conseguiram se manter ao longo do tempo. Mas Azevedo não se contentou em propor mudanças somente às questões pedagógicas concernentes ao trabalho educacional, e o foco de sua atuação passou a ser projetar uma política pedagógica que atendesse à formação educacional das elites, que acreditava serem o fio condutor do movimento de reconstrução educacional que seria responsável pelas mudanças desejadas para a educação no país.