Definição, registro e monitoramento de quase quedas em idosos: Uma revisão de escopo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cervato, Carina Junqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-05122022-103732/
Resumo: Embora já existam fortes evidências a respeito da queda, suas causas e consequências na população idosa, a importância de investigar outros eventos associados a mesma, como as quase quedas, tem sido foco de estudos recentes, a fim de estabelecer uma relação com o risco de quedas futuras. Para que isso aconteça, é extremamente importante ter uma definição clara e consensual da quase queda, permitindo que o indivíduo e os profissionais a identifiquem corretamente. Portanto, o objetivo desta revisão de escopo foi identificar como as quase quedas em idosos têm sido definidas, relatadas e monitoradas na literatura científica. Esta revisão considerou artigos revisados por pares que incluíssem idosos (60 anos ou mais) recrutados em qualquer contexto (comunidade, hospitais, instituições de longa permanência). Os artigos foram incluídos se tivessem definição e/ou qualquer avaliação de quase queda e/ou termos similares (ou seja, tropeços e escorregões). Foi considerada a literatura indexada publicada em inglês, espanhol e português, desde o primeiro artigo publicado sobre o tema nas bases de dados selecionadas até 31/08/2020. Estudos em potencial também foram extraídos e analisados a partir das listas de referências dos estudos incluídos. Dois autores analisaram independentemente o título, resumo e texto completo, de acordo com os critérios de elegibilidade. Discrepâncias entre os autores foram resolvidas por um terceiro autor e/ou discutidas até chegar a um consenso final. A extração de dados foi realizada através de um formulário personalizado. Foram identificados na busca 3.947 artigos, sendo 284 selecionados para leitura completa e 86 incluídos nesta revisão. A maioria dos estudos incluídos foram publicados entre 2010 e 2020 (60%), envolveram idosos da comunidade (70%) e apresentavam desenho experimental (70%). Além da ausência de uma definição consensual entre os estudos, a avaliação da quase queda diferiu consideravelmente a depender do tipo de estudo. Uma vez que o indivíduo não consegue estabelecer o equilíbrio, têm-se como desfecho secundário a queda propriamente dita. Em relação às formas de registro, medida e/ou monitoramento, estas se apresentaram de maneira heterogênea e divididos entre caráter subjetivo (questões, questionários e diários/calendários) e objetivo (sistemas de cinemática, cinética e/ou eletromiografia). Em síntese, recomenda-se que o framework conceitual proposto seja utilizado em mais estudos para garantir consenso, compreensão e aplicabilidade da presente definição da quase queda.