Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Agnes, Débora Cristina |
Orientador(a): |
Pessoa, Luis Gustavo Amorim |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3114
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Resumo: |
A soja, considerada “commodity” mundial, é a cultura mais importante no Brasil, e atacada por diversas pragas, entre elas Chrysodeixis includens, a qual se tornou praga relevante para essa cultura. Para seu controle, a principal prática usada pelos sojicultores é a aplicação de produtos químicos, que nem sempre são efetivos, levando, consequentemente, ao aumento nas doses dos produtos. Nos sistemas agrícolas, predadores e parasitoides regulam a população de insetos pragas e sua presença diminui a necessidade de intervenção do homem frente a outros métodos de controle. O controle biológico pode ser utilizado juntamente com outros métodos em programas de manejo integrado de pragas (MIP), como o químico, desde que os produtos fitossanitários sintéticos apresentem seletividade aos inimigos naturais. Essa associação possibilita, por exemplo, a manutenção de organismos benéficos, contribuindo para redução de tratamentos fitossanitários no campo. Para determinar a seletividade dos inseticidas sintéticos, testes de seletividade são de suma importância e contribuem para auxiliar na escolha do produto fitossanitário mais adequado. Um grupo de inseticidas que se destaca são os inseticidas reguladores de crescimento, os quais atuam em processos fisiológicos relacionados ao desenvolvimento dos artrópodes. A espécie predadora Chrysoperla externa tem demonstrando potencial para controle biológico, podendo reduzir, desta forma, o uso indiscriminado de inseticidas no controle de pragas, visto que esta espécie é encontrada frequentemente em várias culturas, como a soja. Assim, objetivou-se avaliar os efeitos de diferentes formas de exposição (filme seco, aplicação direta e alimento contaminado) dos inseticidas reguladores de crescimento lufenurom, metoxifenozide e piriproxifem sobre larvas de 1o, 2o e 3o ínstares de C. externa. No 1o instar, os tratamentos e a testemunha (composta de água destilada) foram pulverizados via torre de Potter em placas de vidro, constituindo as unidades experimentais.Cilindros de PVC com 10 cm de altura foram coladas nas placas e a extremidade superior foi fechada com tecido ‘voil’. Larvas com até 24h de idade provenientes de criação em laboratório foram individualizadas em cada unidade experimental. A exposição aos inseticidas em larvas que atingiram o 2o instar foi realizado diretamente e as larvas que chegaram ao 3o instar receberam alimento contaminado com os mesmos. Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado com seis repetições por tratamento, cada uma composta por cinco larvas sendo avaliada a duração, a mortalidade total e a mortalidade corrigida dos ínstares e da fase larval. Não houve efeito da exposição das larvas de 1o instar ao resíduo dos tratamentos utilizados sobre a duração desse estádio. Diferenças significativas foram verificadas apenas para as durações do 2o e 3o ínstares e para a fase larval quando receberam aplicação direta e quando foram alimentadas com lagartas expostas aos tratamentos, respectivamente. No segundo instar, para larvas que receberam aplicação direta, os tratamentos piriproxifem e metoxifenozide proporcionaram duração significativamente menor em relação aos demais tratamentos. No terceiro instar e na fase larval metoxifenozide proporcionou aumento significativo nos valores deste parâmetro. Verificou-se elevada taxa de mortalidade total em todos os tratamentos, sendo observada apenas diferença significativa no 2o instar para metoxifenozide, o qual proporcionou menor taxa de mortalidade em relação aos inseticidas testados. Ao avaliar a mortalidade corrigida, observa-se que houve efeito dos inseticidas apenas sobre larvas de 1o instar (28,54 % para lufenuron e metoxifenozide e 71,41% para piriproxifem) e de 3o instar e na fase larval (100% para lufenurom e piriproxifem). Apesar dos resultados de toxicidade verificados estes podem ter sido potencializados devido ao alimento fornecido. Isso ficou evidente quando se compara os resultados dessa pesquisa com a literatura, para o piriproxifem. A nutrição larval também pode ter interferido na sobrevivência das larvas de 2o instar (para todos os tratamentos) e no tratamento testemunha, visto que 96,67% das larvas não completaram o desenvolvimento. Desta forma, os resultados apresentados nesta pesquisa indicam a possibilidade de efeito aditivo entre os diferentes tipos de exposição e da alimentação fornecida nos parâmetros biológicos avaliados (duração e viabilidade), sugerindo a impossibilidade do uso de C. externa associada aos IRC’s no manejo da lagarta falsa medideira, que geraria prejuízos ao predador, principalmente na ausência de outro tipo de alimento e refúgio a esses insetos. |