Suplementação proteica com amêndoa de bacuri (attalea phalerata mart. ex spreng) e whey protein em ratos Wistar submetidos ao treinamento de força

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ramos, Marília de Lima Mendes
Orientador(a): Hiane, Priscila Aiko
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3107
Resumo: A proteína da amêndoa do bacuri (Attalea phalerata Mart. Ex Spreng) e as proteínas do soro do leite (whey protein) possuem quantidades relevantes de aminoácidos essenciais e boa digestibilidade, características que têm sido buscadas por atletas e desportistas para auxílio na melhora da composição corporal, particularmente quando associadas ao treinamento físico. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito da suplementação proteica com amêndoa de bacuri e whey protein em ratos Wistar submetidos ao treinamento de força. O experimento seguiu o protocolo experimental submetido e aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA) da UFMS (protocolo nº678/2015). Foram utilizados quarenta ratos machos recém-desmamados submetidos a um protocolo de exercícios de força em escada (três vezes por semana), recebendo dietas preparadas de acordo com a AIN-93 com modificação para um teor de 15% de proteína utilizando a farinha da amêndoa de bacuri e o whey protein. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em 6 grupos: G1(bacuri sedentário), G2(bacuri exercitado), G3(whey protein sedentário), G4(whey protein exercitado), G5(controle sedentário), e G6(controle exercitado). Foram avaliados quanto ao consumo de dieta, eficiência alimentar, ingestão energética, peso corporal, comprimento, circunferências torácica e abdominal, Índice de Lee e o Índice de Massa Corporal, sítios de gorduras, gordura total e Índice de Adiposidade, análises bioquímicas, quantificação de proteínas no músculo, perfil eletroforético e o desempenho físico dos animais. A análise estatística foi realizada por ANOVA e Post Hoc de Tukey e/ou Bonferroni, considerando 5% de significância. O peso final do G3 (372,67±8,90) foi superior ao G2 (326,83±15,03) e G6 (316,75±5,90) (p<0,05); os grupos que receberam dieta de bacuri consumiram quantidade superior de dieta em relação aos grupos que receberam whey protein (p=0,0001), porém, tiveram menor peso final; esses grupos (G1 e G2) não diferiram no Índice de Lee, IMC, sítios de gordura e índice de adiposidade em relação aos grupos tratados com whey protein (p>0,05), apresentando valores inferiores na circunferência torácica (p=0,0001) e abdominal (p=0,002). Em relação às gorduras e índice de adiposidade, não houve diferença entre os grupos sedentários e exercitados (p>0,05). O efeito da suplementação proteica não mostrou diferença nos valores bioquímicos de Não-HDL (p>0,05), porém reduziram os parâmetros HDL (p=0,0065), colesterol total (p=0,0059), triglicerídeos e VLDL (p<0,0001) e elevaram as concentrações de glicose (p<0,0001) e LDL (p=0,011). A quantidade de proteínas no músculo gastrocnêmio não diferiu (p=0,160) entre os grupos. No entanto, o perfil eletroforético revelou a presença de bandas com diferentes concentrações entre os grupos indicando composição diferenciada entre os animais sedentários e exercitados. O grupo suplementado com dieta bacuri apresentou desempenho físico semelhante aos alimentados com whey protein (p>0,05). Conclui-se que a farinha da amêndoa de bacuri pode ser utilizada como fonte proteica vegetal alternativa para o uso em suplementos nutricionais, pois se mostrou similar ao whey protein na maioria dos parâmetros avaliados, possui menor custo e trata-se de um fruto abundante no Estado de Mato Grosso do Sul. Esses resultados são pioneiros na associação do consumo de amêndoas de frutos regionais com o treinamento de força, evidenciando a necessidade de mais estudos na área de nutrição esportiva.