Infecção pelo vírus da hepatite b e imunidade vacinal em policiais rodoviários federais de Campo Grande, MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Débora Sakamoto
Orientador(a): Contrera, Luciana, Ivo, Maria Lúcia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2789
Resumo: A hepatite B se caracteriza como problema de saúde pública no âmbito mundial. Profissionais de saúde e de segurança pública, como os Policiais Rodoviários Federais, são uns dos grupos de maior risco para a infecção, uma vez que o contato direto com sangue e fluidos corporais são formas de transmissão da mesma. Estudos com a população em questão se mostram escassos no país e no estado de Mato Grosso do Sul, ainda que as características de seu trabalho a torne mais suscetível à infecção. Este estudo de corte transversal com abordagem quantitativa teve por objetivo caracterizar a infecção pelo vírus da hepatite B e a imunidade vacinal em Policiais Rodoviários Federais do município de Campo Grande - MS e foi realizado no ano de 2015 com 118 policiais lotados na Superintendência e na 1º Delegacia da Polícia Rodoviária Federal do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio de entrevista estruturada e coleta sanguínea, com posterior realização de testes sorológicos em laboratório. Para a análise estatística, foram utilizados os testes Qui-quadrado, Qui-quadrado de tendência e Teste Exato de Fisher, e calculadas as razões de prevalência, com intervalo de confiança de 95%. Para estimar as razões de prevalência ajustadas foi utilizada a Regressão de Cox (com tempo igual a uma unidade), utilizando as variáveis com significância ≤ que 20%. A faixa etária predominante foi de 36 a 45 anos (46,6%), 83,9% eram do sexo masculino e 89% possuía ensino superior. A prevalência global da infecção pelo HBV foi de 7,6% (2,8% a 12,4% IC 95%). Não foi encontrada positividade para o HBsAg. A presença do marcador anti-HBc total isolado foi encontrada em 0,8% (0,3% a 1,4% IC 95%) e o anti-HBc total associado ao anti-HBs em 6,8% (2,2% a 11,3% IC 95%). Observou-se que 46,6% (37,6% a 55,6% IC 95%) apresentou anti-HBs isolado, indicando imunidade vacinal e a taxa de indivíduos suscetíveis foi de 45,8% (36,8% a 54,8%). Acidentes de trabalho com material biológico se mostraram presentes em 24,6% dos casos, sendo que o tabagismo e a realização de outra atividade remunerada apresentaram associação estatística significativa em relação à ocorrência dos mesmos. Os resultados mostraram taxa de infecção pelo HBV nos policiais semelhante à população em geral, contudo os mesmos se encontram em risco constante de adquirir a infecção devido à exposição ocupacional, principalmente pela não utilização de EPI. Baixa taxa de vacinação contra a hepatite B e elevado índice de suscetibilidade também foram encontrados. Evidencia-se assim, a necessidade de estratégias mais eficazes de promoção e prevenção e de adequado fluxo pós-exposição ocupacional.