Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Gislaine Recaldes de |
Orientador(a): |
Pinto, Alexandra Maria Almeida Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1648
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Resumo: |
O desenvolvimento econômico é compreendido como um processo dinâmico e sequencial, que causa inúmeras alterações, envolve mudanças de estruturas e melhora indicadores econômicos e sociais. É frequente encontrar uma associação entre o processo de desenvolvimento e a industrialização. Processos industriais podem impactar diretamente o meio ambiente e consequentemente a saúde da população, sendo uma das conseqüências a mudança no perfil de morbimortalidade. Este estudo ecológico teve como objetivo estudar a influência do desenvolvimento econômico e industrial em Mato Grosso do Sul no perfil epidemiológico da população, no período compreendido entre 2002 e 2009. As unidades de análise foram os 78 municípios do estado de Mato Grosso do Sul. A base de informações foi composta por dados secundários relativos ao desempenho industrial e econômico, avaliados através do Produto Interno Bruto (PIB) no referido período, oriundos da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (FIEMS). Para avaliar o perfil epidemiológico foram utilizados dados sobre internações decorrentes de alguns agravos relacionados às causas ambientais, provenientes do Sistema de Internação Hospitalar (SIH-SUS), Ministério da Saúde. Foi realizada correlação estatística entre o PIB industrial “per capita” e a taxa de internação de agravos relacionados a causas ambientais. Coeficientes de correlação de Pearson > 0,6, negativo ou positivo, foram considerados como forte correlação. No período analisado, o crescimento do PIB industrial de Mato Grosso do Sul foi maior do que na Região Centro Sul (Regiões Centro Oeste, Sul e Sudeste) e no Brasil. O setor industrial expandiu suas atividades na maioria dos municípios do estado. Os setores que mais cresceram foram: mecânica, química, farmacêuticos e veterinários, têxtil e vestuário, material elétrico e de comunicação, metalúrgica, construção civil, produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico. Correlações forte positivas entre o PIB industrial “per capita” e os agravos selecionados foram observados com maior frequencia para os grupos neoplasias, causas externas, transtornos neuropsiquiátricos e doenças cardiovasculares. E os mais frequentes, com correlações forte negativas, foram os grupos doenças pulmonares obstrutiva crônicas (DPOC) e outras doenças pulmonares e asma, doenças cardiovasculares e doenças osteomusculares. Assim, o desenvolvimento econômico e industrial, analisado pelo PIB “per capita” industrial dos municípios, pode estar influenciando o perfil de internação da população por alguns agravos ou doenças relacionados ao meio ambiente. |