Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Odinei Inacio |
Orientador(a): |
Nascimento, Celina Aparecida Garcia de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1676
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo interpretar a construção da identidade de dois professores e de quatro alunos da EJA, por meio de suas representações frente às orientações contidas na Proposta curricular para o ensino de jovens e adultos (EJA), uma vez que, de acordo com Coracini (2003b), a ideologia da globalização e da homogeneização que é comum a todos, tende a desconsiderar as particularidades de cada um. Assim, o discurso institucional das Propostas Curriculares para o ensino de Língua Portuguesa da Educação de Jovens e Adultos constitui subsídios na construção da identidade desses sujeitos-professores e sujeitos-alunos que atuam em duas escolas da rede pública, no interior do estado de São Paulo, tendo como base o arcabouço teórico da Análise do Discurso de linha francesa, a partir de Pêcheux (1988), Coracini (2003b) e Foucault (2002). Partimos do pressuposto de que as Propostas Curriculares para a EJA são permeadas pela ideologia do Governo, de modo que, enquanto Aparelho Ideológico de Estado (AIE), as instituições governamentais representam o seu poder e eternizam a ideologia por meio desses documentos que direcionam o ensino. Acredita-se também que esse professor é perpassado por condições de produções das determinações oficiais que direcionam e regulam a sua prática pedagógica. Como consequência, o ensino acaba sendo influenciado por tais determinações, e os alunos, enquanto sujeitos em formação escolar, constituem o enfoque central do processo de ensino-aprendizagem, e possuem diferentes representações sobre a escola (EJA), que por sua vez, parece alheia às necessidades de aprendizagem dos educandos. A metodologia adotada é qualitativa e de campo, de forma que na coleta, na interpretação e na discussão dos dados, utilizamos distintos procedimentos, tais como: a) contato com os sujeitos-professores e sujeitos-alunos nas escolas públicas; b) elaboração do questionário e do roteiro da entrevista; c) aplicação dos questionários aos professores e realização das entrevistas com os professores e, em seguida, com os alunos; d) seleção e organização dos enunciados; e, e) análise e interpretação, considerando nosso arcabouço teórico. Esta dissertação está organizada em três capítulos, no primeiro abordamos os principais conceitos da Análise do Discurso de linha francesa que orientaram e fundamentaram as nossas análises. No segundo capítulo, tratamos dos procedimentos metodológicos e relacionamos o contexto de produção das Propostas Curriculares para o Primeiro e Segundo Segmentos da EJA, o contexto educacional da EJA e os sujeitos pesquisados e, no terceiro, procedemos à interpretação dos recortes selecionados, e assim analisamos a constituição identitária dos sujeitos-professores e dos sujeitos-alunos. Nossas análises possibilitaram compreender que a identidade de professores e alunos está em constante processo de construção e são permeadas por identificações e contra-identificações, e o contexto educacional da EJA é relevante para que o educando se veja como cidadão. O discurso da Proposta Curricular não é neutro, é permeado por ideologias, sendo necessário que os sujeitos-professores sejam críticos para selecionar, nesses documentos, o que é coerente com a realidade dos educandos. Os alunos representam a EJA como algo transformador, e principalmente, determinante da construção de sua identidade enquanto cidadãos, pois dessa forma, eles se vêem como um “verdadeiro” cidadão. |