Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Castilho, Élida Cristina de Carvalho |
Orientador(a): |
Nascimento, Celina Aparecida Garcia de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2784
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Resumo: |
Esta dissertação objetiva analisar a constituição identitária de alunos de língua espanhola da cidade de Campo Grande/MS sobre a aprendizagem desse idioma, segundo o método arquegenealógico de Foucault (2008) e alicerçado nos princípios teórico-metodológicos da Análise de Discurso de linha francesa (PÊCHEUX, 1999 e 2002) e na Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2006, 2010 e 2013; KLEIMAN, 2013). Nos conceitos de representação e identidade apoiamo-nos em Coracini (2007), no sociólogo Bauman (2005) e em Hall (2005), estudiosos dos Estudos Culturais e na noção de relações de saber-poder de Foucault (1984), que à luz das suas reflexões, buscamos analisar quais são as formações discursivas que determinam os sentidos, a respeito da constituição das verdades e/ou saberes, poderes e resistências nos discursos dos sujeitos-alunos. Partindo-se da premissa de que a aprendizagem de uma segunda língua se encontra ancorada na escola e na sociedade em geral em visões positivistas, de ascensão pessoal e profissional, a vantagens do seu aprendizado, a hipótese assumida é a de que os discursos dos alunos estudantes de língua espanhola sul matogrossenses tendem a desvalorizar e (re)negar a aprendizagem desse idioma, pela condição fronteiriça do espanhol do Estado e pela simbologia que o status linguístico da língua espanhola frente a língua inglesa, por exemplo, não lhe proporciona. A coleta do corpus deuse por aplicação de um questionário com perguntas semiestruturadas e por gravação de entrevista aos alunos do Ensino Médio da escola E.E. Manoel Bonifácio Nunes da Cunha. Dividida em três capítulos, no primeiro deles, fundamentamos a perspectiva teórica discursiva e os principais conceitos operatórios que nortearam nossas análises, a saber, formação discursiva, interdiscurso, memória, representação, identidade, poder-saber. No segundo, apresentamos, além das informações das condições e contextualização da pesquisa, apontamentos sobre a historicidade do ensino de espanhol no país e a enunciação particular do processo de ensino e aprendizagem desse estado de fronteira a partir de Nolasco (2013) e Sturza (2010), ou seja, da singularidade duplamente marcada do ensino desse idioma em solo nacional e, sobretudo, em MS. Finalizamos, no terceiro capítulo, com as análises das representações discursivas dos sujeitos-alunos sobre a aprendizagem da língua espanhola, dividida em três eixos de representações: a língua “instrumento”, a língua “(re)negada” e sujeito e a língua espanhola. Como considerações finais, as análises apontaram que apesar da sustentação em seus discursos dos regimes de verdades sobre a aprendizagem de línguas na contemporaneidade, os efeitos que os silenciamentos e a resistências se articulam, refletem a heterogeneidade constitutiva que os discursos sobre a língua espanhola se materializam no contexto da educação nacional e, sobretudo, no Estado de Mato Grosso do Sul. “Invadidas” por interdiscursos, concluímos que as formações discursivas desses sujeitos-alunos não “descolam” das formações discursivas sociais, governamentais, midiáticas e educacionais, quanto ao aprendizado de uma segunda língua, de “poder disciplinar” (FOUCAULT, 2008). |