Proteínas de defesa em folhas de memora peregrina (miers) sandwith (bignoniaceae) – uma espécie invasora de pastagens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Oliveira, Aurora Maria Rosa de
Orientador(a): Marques, Maria Rita, Macedo, Maria Lígia Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2583
Resumo: A espécie Memora peregrina (Miers) Sandwith (Bignoniaceae), popularmente conhecida como ciganinha, é nativa dos Cerrados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. No seu ambiente natural a ocorrência desta planta é esparsa, restrita a clareiras. Em áreas desmatadas, cujo manejo não é feito corretamente, para formação de pastagens, esta espécie aparece competindo com forrageiras, chegando a dificultar a pastagem de bovinos, pois floresce, frutifica e produz sementes o ano todo. Os pecuaristas geralmente utilizam a poda mecânica para o controle da espécie; entretanto, este método elimina a parte aérea e fragmenta o sistema subterrâneo, estimulando o desenvolvimento desta estrutura, bem como disseminando propágulos de reprodução vegetativa, tornando a espécie mais competitiva, pois permite a ocupação da área manejada em curto espaço de tempo. O objetivo deste trabalho foi acompanhar a taxa de crescimento, a produção de proteínas solúveis totais e a atividade das enzimas 1,3 glucanase, peroxidase e fenilalanina amônia-liase em folhas de indivíduos podados e não podados de M.peregrina em duas áreas do Mato Grosso do Sul, com alto grau de infestação por esta espécie, com a finalidade de verificar o impacto da injúria mecânica sobre a síntese de proteínas de defesa. Os indivíduos de Memora peregrina submetidos à poda mecânica apresentaram uma maior taxa de crescimento do que os indivíduos não podados, em ambas as áreas estudadas, corroborando os resultados obtidos por outros autores. Os teores de proteínas solúveis e a atividade das peroxidases nos pHs 5,0, 7,0 e 8,6 foram maiores nas folhas nos indivíduos podados de M.peregrina do que nos indivíduos não podados, durante alguns períodos após a poda, que foram diferentes para cada grupo de macromoléculas analisadas. É sugerido que as variações observadas na atividade das peroxidases de folhas de indivíduos podados de M.peregrina pode ser uma resposta à poda mecânica (aumento das peroxidases básicas e neutras), bem como o resultado da participação das mesmas nos processos de crescimento (aumento das peroxidases ácidas). A atividade das enzimas β-1,3-glucanase e da fenilalanina-amônia-liase foi semelhante entre indivíduos de M.peregrina podados e não podados, indicando que a poda mecânica não é um fator indutor destes processos de defesa nesta espécie.