Cooperação entre atores da agricultura familiar: o caso da cooperativa COOP-GRANDE no município de Campo Grande – MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Gercina Gonçalves da
Orientador(a): Cheung, Thelma Lucchese
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1935
Resumo: A agricultura familiar é parte importante do agronegócio brasileiro e estadual, sendo responsável por geração de renda e ocupação de pessoal no meio rural, bem como por parcela significativa de alimentos consumidos diariamente. Ela se mostra importante por seus aspectos sociais e funções que desempenha. Contudo frente aos processos de globalização e da dinâmica econômica, as famílias de agricultores são levadas a buscar alternativas como a atuação conjunta através de associações e cooperativas, objetivando o fortalecimento no processo produtivo e de comércio. Na cooperação, os indivíduos optam por agirem juntos, em prol de um objetivo comum, unindo suas competências para atingir um aumento da eficiência. A COOP-GRANDE foi escolhida como objeto de análise por ser a maior cooperativa de agricultores familiares em funcionamento no estado de Mato Grosso do Sul. Dado que o capital social de uma determinada população é o conjunto de bens sociais, psicológicos, cognitivos e institucionais que possibilitam o comportamento cooperativo entre os indivíduos dessa mesma população, esta pesquisa objetivou analisar a importância do capital social nas relações cooperativas entre os agricultores familiares da Cooperativa COOP-GRANDE, no município de Campo Grande-MS. Para tanto foram coletados dados qualitativos, por meio de pesquisa indireta, e elaborado um questionário semi-estruturado, que foi posteriormente aplicado a 14 produtores cooperados. Os resultados indicaram que os cooperados podem ser agrupados em pelo menos dois grupos: descendentes de japoneses, responsáveis pela fundação da cooperativa e cooperados de outras origens. Através das respostas no que se relaciona a redes de relacionamentos, reciprocidade, confiança, dependência entre atores e participação em outras formas de associação, verificou-se indicações de presença de capital social entre os agricultores descendem de japoneses. No entanto, pode se afirmar que não houve desenvolvimento do capital social entre os agricultores. Essa afirmação tem como base a falta de confiança, variável que sinaliza a ausência de capital social, somada a baixa frequência nas interações e na reciprocidade, na individualidade no trabalho e nas decisões, e no não envolvimento com as atividades da cooperativa. Assim, os entraves apresentados foram principalmente o individualismo e o desinteresse por parte dos cooperados quanto a ampliar a rede de relacionamento e participar de forma integral das atividades da cooperativa, o que poderia ampliar a confiança e atitudes cooperativas, desenvolvendo e estocando capital social.