Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lang, Morgani |
Orientador(a): |
Anes, Carlos Eduardo Ruschel |
Banca de defesa: |
Dalcin, Dionéia,
Rotta, Edemar,
Boff, Vilmar Antônio |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Fronteira Sul
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Políticas Públicas
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Departamento: |
Campus Cerro Largo
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/4148
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Resumo: |
A ação cooperativista existiu antes da emersão da economia de mercado, em que, por meio da redistribuição e reciprocidade, a vida dos indivíduos e sociedade era impulsionada por uma motivação não-econômica. Diante da sociedade de mercado, regida pela competitividade e a acumulação de capital, o cooperativismo corre o risco de ser dominado pelo interesse do capital. O que baliza o interesse das pessoas são as racionalidades. As racionalidades que orientam a ação social dos indivíduos contribuem para o entendimento da participação destes em organizações cooperativas. Desse modo, o objetivo geral desse estudo é compreender como as racionalidades se manifestam na participação dos cooperados nos processos organizacionais, em uma cooperativa do ramo agropecuário. Para isso, primeiramente, é realizada a caracterização dos cooperados de uma cooperativa do ramo agropecuário, busca-se entender a participação dos cooperados em sua cooperativa, descrever as racionalidades em relação a tal participação e, por fim, relacionar as racionalidades dos cooperados às diferentes interpretações de desenvolvimento. A abordagem metodológica da pesquisa foi a fenomenológica, classificada como qualitativa e descritiva, com procedimentos técnicos que a caracterizaram como um estudo de caso. A coleta de dados ocorreu por meio de documentos fornecidos pela organização, bem como por entrevistas com 14 (catorze) cooperados, os quais são representantes dos demais cooperados, e componentes do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. A partir do relato dos entrevistados, foi possível identificar traços da racionalidade instrumental, a qual está voltada a uma lógica economicista. Todavia, a racionalidade substantiva, ligada à lógica humana, destacou-se nos discursos a respeito da participação dos cooperados nos processos organizacionais, revelando-se pelos elementos da autorrealização, julgamento ético, entendimento, valores emancipatórios, autonomia e autenticidade. Assim, a racionalidade se manifesta, predominantemente, de maneira substantiva, inclusive permitindo classificar a organização como isonômica. Houve manifestações instrumentais em diversas rubricas, porém, em nenhum processo organizacional a racionalidade instrumental se revelou com maior frequência do que a substantiva. É perceptível que ambas as racionalidades se manifestam nas ações dos indivíduos em diferentes ocasiões, cada uma contribuindo às diversas interpretações de desenvolvimento. A presença da racionalidade instrumental predispõe a busca pelo desenvolvimento econômico e também colabora ao desenvolvimento rural, local e regional. Contudo, sendo a racionalidade substantiva dominante, há maior tendência de esta organização cooperativa em contribuir ao desenvolvimento territorial, social, sustentável, rural, local e regional, os quais, a partir da interpretação da literatura, possuem maior vínculo com a racionalidade substantiva. |