Narrar a morte: um estudo de Memórias Póstumas de Brás Cubas e Fim

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sellin, Kátia Cristina Pelegrino
Orientador(a): Bulhões, Ricardo Magalhães
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Fim
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3154
Resumo: Na tentativa de ir além da reflexão acerca do diálogo que o romance Fim (2013), texto da autora carioca Fernanda Torres, estabelece com o clássico Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), de Machado de Assis, este trabalho de pesquisa problematiza uma discussão em torno da temática da morte e da questão narratológica, com ênfase na focalização, categoria crucial para a teoria da narrativa. Definindo-se como a representação da informação diegética à disposição de um determinado campo de consciência, seja um narrador-personagem ou um narrador em “terceira pessoa”, a focalização não somente diz respeito à quantidade da informação narrativa, mas abrange aspectos afetivos, pois traduz posições psicológicas, éticas e ideológicas da instância responsável pelo narrar. A proposta deste trabalho de pesquisa surgiu, inicialmente, de uma questão fundamental: quem são os novos ficcionistas no cenário literário brasileiro do século XXI e com que temáticas e estilos dialogam? Diante disso, cabe-nos investigar como se realiza o diálogo entre os textos, apontando as confluências entre cânone e ficção contemporânea, diante da teoria de Harold Bloom. Verificaremos o ponto forte narratológico sob a perspectiva de Gérard Genette e, por fim, discorreremos sobre a representação das questões existenciais, tendo como ponto de partida, corpus principal, os romances de Machado de Assis e de Fernanda Torres.