Polêmica velada : uma leitura de Memórias Póstumas de Brás Cubas como resposta ao Primo Basílio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Razera, Gisélle
Orientador(a): Sanseverino, Antônio Marcos Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/33374
Resumo: Este trabalho é o resultado de uma comparação entre dois romances da Língua Portuguesa: O primo Basílio, de Eça de Queirós, publicado em 1878 e Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, publicado em livro no ano de 1881. A pesquisa partiu das críticas feitas por Machado ao romance de adultério queirosiano (veiculadas em 16 e 30 de abril de 1878 no Cruzeiro) e buscou investigar a possível influência de Eça de Queirós e das concepções realistas de Emile Zola na reformulação estilística machadiana. Nas páginas do Cruzeiro, Machado externou opinião contrária ao método de composição usado por Eça de Queirós em O primo Basílio e também se manifestou antagônico a alguns pressupostos do Realismo. Considerando a concepção de angústia da influência, proposta por Harold Bloom e o conceito de polêmica velada formulado por Mikhail Bakhtin, postula-se que, ao escrever as Memórias póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis praticou alguns dos movimentos revisionários descritos por Bloom, operando reparos em pontos do método de composição que julgou falhos em O primo Basílio e, por intermédio de Brás Cubas, questionou alguns dos pressupostos da representação realista zoliana.