Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Alini de Oliveira |
Orientador(a): |
Macedo, Maria Lígia Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/300
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Resumo: |
Este estudo avaliou a prevalência de anemia em crianças indígenas Teréna de zero a cinquenta nove meses de idade, residentes em três aldeias da Terra Indígena Buriti, Mato Grosso do Sul, Brasil. Os Teréna são identificados como integrantes do tronco linguístico Aruak, com uma longa história de contato com a sociedade envolvente. A anemia por deficiência de ferro é hoje um dos mais graves problemas nutricionais mundiais no que tange a prevalência, motivada em alguns casos, pela ingestão deficiente de alimentos ricos em ferro ou pela inadequada utilização orgânica. Foram estudadas 49 crianças, representando 61,3% de crianças menores de cinco anos residentes nestas comunidades. Os dados relativos às condições socioeconômicas e ambientais foram obtidos através de entrevista semiestruturada com os pais e responsáveis. Foi realizada coleta de sangue venoso, no colo dos pais, pelo método a vácuo, sendo obtida mediante agendamento prévio com as crianças em jejum de doze horas. Considerou-se como valor de referência para o ferro plasmático: 50 a 60 μg/dl e anemia, resultados de hemoglobina sanguínea com valor inferior a 11 g/dL. A análise segundo os aspectos socioeconômicos e ambientais indicaram renda per capita familiar mensal média abaixo da linha de pobreza e precárias condições de saneamento básico. A prevalência global de anemia observada foi de 30,6%, sendo mais prevalente (53,8%) no grupo etário de 6 a 24 meses. A prevalência de anemia por deficiência de ferro nas crianças Teréna, foi de 34,4%. Com relação à saúde das crianças assistidas pelo Programa Nacional de Suplementação de Ferro, foi observada inadequação do programa segundo o preconizado pelo Ministério da Saúde. O consumo de alimentos fontes de ferro e vitamina C pelas crianças esteve abaixo das recomendações preconizadas para o grupo etário, aumentando os riscos para a instalação da anemia por deficiência de ferro. Os resultados obtidos indicam a necessidade de intervenções para a redução da anemia por deficiência de ferro e promoção da saúde com ações específicas e adequadas a esta população. |