Estudo químico biomonitorado por ensaio com larvas Aedes aegypti das espécies Ocotea velloziana (Meisn.) Mez. e Aiouea trinervis (Meisn.)

• Ano de defesa: 2010
• Autor(a) principal: Silva, Lilliam May Grespan Estodutto da
• Orientador(a): Garcez, Walmir Silva
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Aedes; Controle de Pragas; Produtos Naturais; Cerrado Brasileiro
• Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/377

O estudo químico biomonitorado dos componentes de plantas tem sido adotado como ferramenta para obtenção de princípios ativos. O emprego de produtos naturais para controle de pragas e tratamento de doenças não é recente, sendo utilizado antes do advento dos produtos sintéticos. A biodiversidade do Cerrado e Pantanal é pouco conhecida e muitas espécies são endêmicas desses biomas. O presente estudo químico biomonitorado relata os resultados do teste biológico para a verificação da atividade larvicida frente à larva do mosquito Aedes aegypti (Linneus 1762) dos extratos etanólicos da casca do caule de Ocotea velloziana (Meisn.) Mez. e dos frutos de Aiouea trinervis (Meisn.). O estudo fitoquímico consistiu no isolamento, na identificação e elucidação estrutural dos metabólitos secundários responsáveis pela bio-atividade apresentada pelos extratos. Os extratos etanólicos das duas espécies selecionadas através do ensaio biológico larvicida foram submetidos a técnicas cromatográficas de separação incluindo cromatografia em coluna de sílica gel, sílica gel 60 RP-18, de Sephadex LH-20 e cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa. As determinações estruturais foram efetuadas com base nos dados espectroscópicos de RMN de ¹H, ³C e DEPT 135°, incluindo os experimentos bidimensionais HSQC, HMBC, a partir das informações obtidas dos espectros de massas e infravermelho e através dos valores de rotação óptica específica. O estudo químico biomonitorado dos extratos selecionados conduziu ao isolamento de três substâncias responsáveis pela atividade larvicida: um alcaloide aporfínico (S-dicentrina) da casca do caule de Ocotea velloziana e duas γ-lactonas (isoobtusilactona A e obtusilactona A) dos frutos de Aiouea trinervis.