Fitase em dietas de frangos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Freitas, Henrique Barbosa de
Orientador(a): Souza, Karina Márcia Ribeiro de, Kiefer, Charles
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2744
Resumo: Realizou-se este estudo com o objetivo de avaliar o superdosing de fitase sobre os parâmetros de desempenho, deposição de cinzas, fósforo nas tíbias, características quantitativas de carcaça e peso de órgãos em frangos de corte. Em frangos de corte criados intensivamente a dieta é responsável por aproximadamente 70% dos custos totais, sendo a suplementação de fósforo inorgânico a mais onerosa dentre os minerais. No entanto, dietas para aves são constituídas basicamente de ingredientes de origem vegetal, em sua maioria de milho e farelo de soja. Por outro lado, alguns minerais e nutrientes contidos em ingredientes de origem vegetal se apresentam em grande parte aprisionados à molécula de ácido fítico, onde boa parte do fósforo se encontra indisponível para animais não-ruminantes. A busca por ferramentas nutricionais a fim de melhorar o aproveitamento dos componentes presentes na alimentação se torna cada vez mais constante, sendo a inclusão de fitase uma ferramenta nutricional que vem demonstrando resultados satisfatórios para frangos de corte, podendo melhorar a eficiência alimentar das aves pelo aumento da digestão dos alimentos e redução na perda de nutrientes, e consequentemente elevado potencial de diminuição da poluição ambiental causada pelo excesso de nutrientes contidos nas excretas de aves. Nesse sentido foram consideradas três matrizes nutricionais: Matriz 1: 0,165% cálcio (Ca), 0,150% de fósforo disponível (Pd) e 0,035% de sódio (Na); Matriz 2: 0,215% Ca, 0,195% Pd e 0,045% Na e Matriz 3: 0,245% Ca, 0,225% Pd e 0,053% Na, sendo os tratamentos definidos em: dieta sem fitase (formulada para atender as exigências nutricionais e sem enzima); Matriz 1 + 500 FTU; Matriz 1 + 1000 FTU; Matriz 1 + 1500 FTU; Matriz 2 + 1000 FTU e Matriz 3 + 1500 FTU. Não houve influência do superdosing de fitase sobre os parâmetros de desempenho, características ósseas e quantitativas de carcaça e peso de órgãos, sendo que aos 42 dias a suplementação de 1500 FTU/kg associada à consideração da Matriz 3 (0,245% Ca, 0,225% Pd e 0,053% Na) fica evidente a eficiência da suplementação de fitase associada a sua matriz nutricional, tornando-se possível a substituição parcial das fontes inorgânicas de fósforo, cálcio e sódio pela suplementação de níveis superiores de fitase, podendo ser observado semelhança de ganho de peso obtida com a dieta Matriz 3+1500 FTU/kg comparada a Matriz+500 FTU (2885,76gX2838,08g). Portanto, o superdosing de fitase não altera o desempenho, deposição de cinzas e fósforo nas tíbias, características quantitativas de carcaça e peso dos órgãos, porém a inclusão de 1500 FTU/kg de fitase considerando a maior matriz nutricional proporciona resultados semelhantes às dietas tradicionalmente utilizadas, traduzindo-se em considerável diminuição da quantidade de minerais inorgânicos utilizados, otimizando o aproveitamento de nutrientes da dieta e reduzindo, consequentemente, os custos de alimentação na produção de aves.