Produção e caracterização bioquímica de proteases produzida por Aspergillus terreus e sua aplicação no processamento do couro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lima, Emmly Ernesto de
Orientador(a): Zanoelo, Fabiana Fonseca, Termignoni, Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3013
Resumo: A indústria do couro é considerada como uma das mais poluentes por utilizar produtos tóxicos, além de gerar grandes quantidades de resíduos durante as etapas de curtição. Uma alternativa para a redução dos danos ambientais é a substituição de produtos tóxicos por proteases na etapa de depilação. O objetivo desse estudo foi analisar e comparar a produção, purificação e características bioquímicas de proteases produzidas pelos fungos filamentosos Aspergillus terreus 31 e A. terreus CM6. As fontes indutoras foram 1% de farelo de trigo para A. terreus 31 e 0.5 % farelo de trigo + 0.5 % de pena de galinha para A. terreus CM6. O pH inicial ótimo foi de 6.0 e 6.5 para A. terreus 31 e A. terreus CM6, respectivamente, e a máxima produção ocorreu após 72 horas de fermentação sob agitação constante (110 rpm). O método de purificação foi eficiente para a protease de A. terreus 31, necessitando da aplicação de outros métodos cromatográficos para a purificação de A. terreus CM6. As proteases extracelulares apesar de serem produzidas por fungos da mesma espécie mostraram diferenças nas características bioquímicas. Devido a inibição por PMSF, as proteases foram classificadas como serino protease, e apresentaram pH 6.5 como ótimo para atividade enzimática. A estabilidade ocorreu em pH 6.5 - 7.0 para A. terreus 31, e pH 5.5 – 6.5 para A. terreus CM6, havendo ativação da atividade proteolítica com a adição de FeSO4. As enzimas tiveram atividade ótima em temperaturas de 50 ºC (A. terreus 31) e 55 ºC (A. terreus CM6), e foram resistentes a diversos solventes orgânicos (metanol, isopropanol, acetona, butanol, acetonitrila e DMSO) e surfactantes (tween 60, PEG, triton X 100 e CTAB). Ambas as proteases tiveram sucesso na depilação do couro cru utilizando extrato bruto com 300 U de enzima, após 48 horas de incubação. Os fungos A. terreus 31 e A. terreus CM6 foram capazes de produzir proteases com característica bioquímica importantes para o emprego industrial, e a capacidade depilatória sem assistência química. Os resultados mostram que as proteases produzidas pelos fungos apresentam baixo custo de produção e na depilação, além de características bioquímicas importantes para a aplicação industrial.