Genotipagem pela técnica MIRU-VNTR de Mycobacterium bovis isolados de tecido bovino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Souza Filho, Antonio Francisco de
Orientador(a): Osório, Ana Luiza Alves Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1920
Resumo: Mycobacterium bovis, um membro do complexo Mycobacterium tuberculosis, é o agente mais comum da tuberculose bovina. Além dos bovinos pode acometer outros animais domésticos, animais silvestres e o homem. Enfermidade endêmica no Brasil, cujo controle se tornou alvo de exigências sanitárias internacionais. Avanços nas técnicas de tipagem molecular têm contribuído para o estudo epidemiológico da tuberculose bovina, por meio da identificação e caracterização de isolados de M. bovis. Os dados de tipagem molecular permitem discernir os genótipos de M. bovis que são predominantes em uma área específica e como os focos múltiplos ocorrem. Oferecem dados para rastrear a origem dos surtos e assim bloquear a transmissão da tuberculose bovina. A técnica MIRU-VNTR é uma poderosa ferramenta para a identificação e genotipagem do complexo M. tuberculosis, inclusive M. bovis, especialmente quando 24 loci são analisados. O objetivo do presente estudo foi estudar a diversidade genética de isolados de M. bovis presentes em rebanhos bovinos do Brasil. No primeiro estudo 55 isolados de bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR), obtidos a partir do cultivo de tecidos colhidos durante o abate de bovinos provenientes de 19 propriedades de quatro estados brasileiros, foram genotipados por meio da técnica MIRU-VNTR com 24 iniciadores. Vinte e dois perfis genéticos foram observados, sendo 13 perfis com mais de uma cepa (agrupamentos) e nove isolados de perfil único. Dos 24 loci estudados, em 11 não houve qualquer diversidade alélica e a maioria que apresentou diversidade alélica está nos loci ETR e VNTR. O segundo estudo teve como objetivo identificar os agrupamentos genéticos de isolados de M. bovis obtidos em um foco de tuberculose bovina no Rio Grande do Sul (RS). A genotipagem de 18 isolados de BAAR revelou três perfis genéticos distintos: o primeiro com 15 isolados, o segundo com dois isolados e um isolado de perfil único. Os iniciadores responsáveis por essa distinção foram o MIRU 31, que agrupou dois isolados em um perfil, e ETR A, B e C que discriminou o isolado de perfil único. Agrupamentos de isolados são indicativos de transmissão recente e isolados de perfil único sugerem reativação de infecção latente. No estudo limitado ao foco de tuberculose bovina no RS demonstra-se que há diversidade genética entre as cepas em circulação, embora exista um agrupamento predominante. A técnica MIRU-VNTR com 24 iniciadores permite a identificação da diversidade genética de M. bovis em diferentes áreas geográficas do Brasil, representada por superinfecção, assim como pelo encontro do mesmo perfil de M. bovis em diferentes localidades, consequente a movimentação indiscriminada de animais doentes.