Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Paloma Rezende |
Orientador(a): |
Lima, Leila de Mendonça,
Moraes, Milton Ozório |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26586
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Resumo: |
A vacina BCG (Bacilo de Calmette-Guèrin), única vacina disponível contra a tuberculose (TB), foi obtida no início do século XX por Calmette e Guèrin após 231 passagens de um isolado clínico de M. bovis cultivado em meio glicerinado contendo bile bovina. Sua eficácia protetora contra a TB pulmonar em adultos varia de 0-80% e as diferenças genéticas entre as diversas cepas vacinais utilizadas mundialmente contribuem para esta variação. A cepa vacinal brasileira, BCG Moreau, é considerada uma cepa primitiva, mais próxima do BCG original, quando comparada às cepas mais recentes, como BCG Pasteur. Dados do nosso grupo identificaram diferenças, no genoma e no perfil proteômico, entre as cepas BCG Moreau e Pasteur. A partir dessas informações tornou-se relevante avaliar como essas cepas respondem ao microambiente existente dentro do macrófago. O BCG fagocitado por macrófago sofre diferentes tipos de estresse, os quais estimulam respostas moleculares que podem impactar no efeito protetor da vacina. Buscamos analisar o comportamento da cepa BCG Moreau comparativamente às cepas Pasteur e Tokyo, no contexto da infecção de macrófagos THP-1, caracterizando aspectos bacterianos e de resposta da célula eucariótica à infecção Para isso, células THP-1 foram infectadas com BCG Moreau, Pasteur e Tokyo. Os resultados apontam para uma cinética de crescimento similar entre BCG Moreau e Tokyo, mas diferente de Pasteur. Esse perfil de comportamento distinto também é observado na taxa de colocalização do bacilo com fagossomas acidificados, bem como na expressão da proteína intracelular HspX. As cepas em estudo parecem não induzir a morte dos macrófagos até 96 horas e são capazes de estimular diferencialmente a secreção das citocinas pelas células THP-1. A cepa BCG Pasteur induziu maior secreção da citocina IL-1\03B2 e da quimiocina MCP-1, já a cepa BCG Moreau induziu maior secreção da citocina TNF-\03B1 e MIP-1\03B2. Além disso, a cepa BCG Pasteur foi capaz de induzir o acúmulo de corpúsculos lipídicos nos macrófagos, essas organelas são diretamente associadas a mecanismos de escape em patógenos intracelulares. Essas informações contribuem para caracterizar o perfil de resposta das três cepas BCGs frente ao ambiente intracelular do macrófago, identificando diferenças em BCG Moreau que poderão contribuir para o melhor entendimento da fisiologia da cepa vacinal brasileira contra a tuberculose |