Avaliação de diferentes métodos de pós-condicionamento isquêmico na prevenção das lesões de reperfusão mesentérica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Carlos Henrique Marques dos
Orientador(a): Aydos, Ricardo Dutra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2989
Resumo: O pós-condicionamento isquêmico tem sido reconhecido como eficaz na prevenção das lesões de reperfusão em situações de isquemia e reperfusão em vários órgãos e tecidos. Entretanto, não está ainda claro qual seria a melhor maneira de realizá-lo, já que as publicações mostram grande variação de método no seu emprego. O objetivo geral da pesquisa foi avaliar o efeito de dois diferentes métodos de pós-condicionamento isquêmico no processo de isquemia e reperfusão mesentérica em ratos; os objetivos específicos foram avaliar a eficácia do pós-condicionamento isquêmico na proteção local no processo de isquemia e reperfusão mesentérica em ratos (intestino), além de sua eficácia na prevenção de lesões de reperfusão remota nos pulmões e fígado. Foram estudados 30 ratos Wistar, distribuídos em três grupos: grupo A (10 ratos), em que se realizou isquemia (30 minutos) e reperfusão (60 minutos) mesentérica; grupo B (10 ratos), isquemia e reperfusão, intercalados pelo pós-condicionamento isquêmico com dois ciclos alternados de reperfusão e reoclusão, de dois minutos cada; e grupo C (10 ratos), isquemia e reperfusão, intercalados pelo pós-condicionamento isquêmico com quatro ciclos alternados de reperfusão e reoclusão, de 30 segundos cada. Ao final, ressecou-se um segmento do intestino delgado, 5cm proximalmente à válvula ileocecal, o lobo lateral esquerdo do fígado e o lobo caudal do pulmão direito para análise histológica. Avaliou-se os resultados pela classificação de Chiu et al. (1970) para o intestino, Takeda et al. (2003) para o fígado e Sizlan et al. (2009) para pulmão. Os resultados foram submetidos a tratamento estatístico utilizando-se o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis, estabelecendo-se nível de significância de p<0,05. Para tal utilizou-se o programa Bioestat 5.0. A análise intestinal demonstrou médias 2,8 no grupo A, 1,4 no grupo B e 1,4 no grupo C (p<0,05 entre grupos A e B; A e C; p>0,05 entre grupos B e C); em relação ao fígado, obteve-se médias 1,8 no grupo A, 1,7 no grupo B e 1,3 no grupo C (p>0,05); na análise do pulmão obteve-se média de lesão tecidual um para os três grupos (p>0,05). O pós-condicionamento isquêmico foi capaz de diminuir a lesão diretamente produzida sobre o intestino, tanto com dois ciclos de dois minutos quanto com quatro ciclos de 30 segundos, porém, não foi capaz de diminuir as lesões à distância no fígado dos animais submetidos à isquemia e reperfusão mesentérica. Não foi possível avaliar-se a eficácia do pós-condicionamento isquêmico nos pulmões uma vez que o método aqui utilizado causou lesão leve neste órgão.