O processo de aprendizagem na educação escolar: as concepções de professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pereira, Clarice Simão
Orientador(a): Urt, Sônia da Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2267
Resumo: Essa pesquisa tem por objetivo conhecer e analisar a concepção de aprendizagem de professores e o movimento de constituição dessa concepção. O referencial teórico adotado foi a Teoria Histórico-Cultural de Vigotski e seus colaboradores, especialmente Luria e Leontiev. Para o encaminhamento da investigação, foram selecionadas 03 escolas da Rede Pública Municipal de Ensino de Campo Grande – MS – REME, e de cada escola foi escolhido 01 professor, totalizando 03 sujeitos participantes da pesquisa. Utilizamos como critério de seleção, os professores com mais idade e com maior tempo de experiência no magistério. Os recursos metodológicos utilizados foram o referencial curricular da REME, as entrevistas, as tiras (tipo de história em quadrinhos) e as narrativas. Os resultados da pesquisa evidenciam que a aprendizagem foi definida como “capacidade de compreensão”, “captar o que é transmitido”, “reter, compreender e fazer uso”, “conhecimento adquirido através da experiência”, “processo”. A utilização de materiais lúdicos e a valorização da experiência do aluno são elementos citados com maior frequência, como fundamentais para que a aprendizagem aconteça. Também foram destacados: a afetividade, a participação da família e a exemplificação. Muito presente em todos os discursos, o esforço dos professores em buscar estratégias, metodologias, materiais e formas diversificadas, para que a aprendizagem dos alunos se concretize. Verificamos também que as concepções de aprendizagem dos sujeitos são apresentadas de maneira distinta entre si. Os relatos demonstram que a constituição dessas concepções foi sendo construída ao longo de suas vidas. O modo de aprender que tiveram enquanto alunos, tem estreita ligação com o modo que procuram ensinar hoje, seja para rejeitar as situações vivenciadas, seja para tomarem como exemplos a serem seguidos. Os discursos mencionam as situações prazerosas como possíveis de serem praticadas, e as situações de frustração e constrangimentos aliadas ao desejo de fazer diferente. O que se constata, são concepções que revelam a presença, em seu conteúdo, de diversas abordagens, em que ora prevalecem aspectos naturalizantes, ora aspectos de maior criticidade, sempre permeadas por questões de experiência prática, sem maiores preocupações com a fundamentação teórica, o que reporta a questão da formação inicial e continuada. Mais do que encontrarmos resultados e definições, buscamos evidenciar aproximações. Entendemos que a contribuição desse trabalho consiste em colocar à disposição um material de análise, que ofereça elementos para a reflexão em torno das questões da aprendizagem, e para o entendimento de como são constituídas as concepções de professores ao longo da história desses.