Influência do exercício físico sobre a via da miostatina e o fenótipo muscular em ratos submetidos a alimentação intermitente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Ana Priscila Cayres de
Orientador(a): Martinez, Paula Felippe, Oliveira Júnior, Silvio Assis de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2803
Resumo: A alimentação intermitente (AI), alternativa à tradicional restrição calórica (RC), consiste em intervenção dietética envolvendo ciclos de jejum e alimentação. O principal efeito da RC tradicional sobre a musculatura esquelética é a redução do tamanho da fibra, a qual pode ser atenuada pelo exercício físico. Entretanto, pouco se sabe sobre a influência da AI sobre o fenótipo muscular e os mecanismos moleculares envolvidos. Neste sentido, a miostatina é um fator de crescimento que regula negativamente o crescimento de músculos esqueléticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do exercício físico sobre a via da miostatina e o fenótipo muscular de ratos submetidos a alimentação intermitente. Ratos Wistar machos (n=40) foram distribuídos em 4 grupos: Controle Sedentário (C-S), Alimentação Intermitente Sedentário (AI-S), Controle Exercício Físico (C-EF) e Alimentação Intermitente e Exercício Físico (AI-EF). Os grupos C-S e C-EF receberam ração normocalórica ad libitum diariamente; AI-S e AI-EF receberam a mesma ração, administrada ad libitum em dias alternados com dias de jejum total. Os grupos C-EF e AI-EF foram submetidos a protocolo de exercício em esteira rolante por 90 dias. A expressão proteica de miostatina e de sua antagonista folistatina foi avaliada por Western blot nos músculos sóleo e gastrocnêmio (porção branca). Exercício físico melhorou à tolerância ao esforço, avaliada por teste incremental em esteira. Em relação à musculatura esquelética, a massa do músculo sóleo foi menor no grupo AI-S que no C-S. A massa do músculo gastrocnêmio foi menor nos grupos AI-S e AI-EF em comparação ao C-S e C-EF, respectivamente, porém maior no grupo AI-EF que no AI-S. A área seccional transversa das fibras do músculo gastrocnêmio foi significativamente menor no grupo AI-S quando comparado ao grupo C-S e menor no grupo AI-EF em relação ao C-EF. No músculo sóleo, a área seccional transversa das fibras musculares foi significativamente menor no grupo AI-S quando comparado ao grupo C-S e maior no grupo AI-EF em relação ao AI-S. O fator exercício físico teve influência sobre a expressão proteica de miostatina no músculo gastrocnêmio; adicionalmente, a expressão de miostatina foi significativamente menor no grupo C-EF que no C-S. Não houve diferença significativa para a expressão de miostatina no músculo sóleo e de folistatina em ambos os músculos avaliados. Em conclusão, a alimentação intermitente promove redução da massa dos músculos sóleo e gastrocnêmio em ratos, a qual é prevenida pelo exercício físico em esteira rolante. A via da miostatina, apesar de ser modulada pelo exercício físico, não parece estar envolvida no processo de atrofia muscular associada à alimentação intermitente.