Níveis de ractopamina nas dietas de suínos machos castrados na fase de terminação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Sanches, Josilene Figueiredo
Orientador(a): Kiefer, Charles
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/942
Resumo: A suinocultura no Brasil passou a ser nos últimos anos, uma atividade altamente dinâmica, pois o consumidor está ficando cada vez mais exigente principalmente com relação ao produto que consome. Este fato, associado à necessidade do produtor em se manter na atividade, fizeram com que as pessoas envolvidas na cadeia suinícola estivessem em constante aprendizagem e na busca de novas tecnologias nas mais diversas áreas, principalmente na nutrição animal. Um dos objetivos buscados tanto pelos consumidores quanto pelos produtores é a redução na quantidade de gordura produzida na carcaça dos suínos e aumento na produção de carne, pois assim há melhora na rentabilidade, redução nos custos de produção além de atender as exigências do mercado por um produto mais saudável. Atualmente, o desenvolvimento de linhagens genéticas magras, de crescimento rápido e mais eficiente combinado com a adoção de novas tecnologias, principalmente as relacionados com a nutrição, tem resultado em aumento do peso ao abate sem prejuízo do teor de tecido magro na carcaça e na eficiência alimentar. Os repartidores de energia beta-adrenérgicos como, por exemplo, a ractopamina, vêm ganhando grande destaque dentre os aditivos alimentares utilizados com esta finalidade. Este aditivo possui a capacidade de atuar modificando os padrões de deposição de tecidos muscular e adiposo sem, no entanto afetar a deposição dos demais tecidos do organismo animal. Além de benefícios relacionados com o desempenho e características de carcaça, os animais que recebem a ractopamina na dieta não apresentam alterações sobre a qualidade da carne e subprodutos dela resultantes. Embora existam muitos trabalhos avaliando as respostas do uso da ractopamina para animais em fase de terminação, tem-se constatado que estes estudos são realizados geralmente em situações de conforto térmico para esses animais. No entanto, sabe-se que no estado de Mato Grosso do Sul são registradas altas temperaturas durante praticamente o ano todo, sendo de extrema importância avaliar o efeito da ractopamina sobre os suínos quando submetidos a estas condições climáticas. Neste contexto, realizou-se o presente estudo para avaliar diferentes níveis de inclusão de ractopamina na dieta de suínos em terminação mantidos em diferentes ambientes térmicos. Foram realizados dois experimentos com duração de 28 dias cada. Em ambos foram avaliados os mesmos níveis de inclusão de ractopamina na dieta (0, 5, 10 e 20 ppm), diferindo apenas com relação ao ambiente térmico. No primeiro experimento os animais foram mantidos em conforto térmico, e constatou-se efeito linear dos níveis de ractopamina sobre o ganho de peso diário e a conversão alimentar. Para as características quantitativas de carcaça, observou-se redução linear da espessura de toucinho e aumento da profundidade de músculo e da porcentagem de carne magra na carcaça de acordo com o aumento dos níveis de ractopamina na dieta. Conclui-se que, em situações de conforto térmico, o nível ótimo de inclusão do aditivo na dieta é de 20 ppm. No segundo experimento, os animais foram mantidos em ambiente de estresse por calor e observou-se redução linear da conversão alimentar e aumento linear no ganho de peso diário e peso final dos animais suplementados. Porém, as características de carcaça avaliadas não foram influenciadas pela inclusão de ractopamina na dieta. Observou-se ainda aumento no peso do fígado e rins naqueles animais que receberam o aditivo, não observando-se efeito sobre os demais órgãos. Conclui-se que, para suínos sob estresse por calor, para as variáveis de desempenho, o nível ótimo de inclusão é de 20 ppm de ractopamina.