Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ajalla, Maria Elizabeth Araujo |
Orientador(a): |
Andrade, Sonia Maria Oliveira de,
Tamaki, Edson Mamuru |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2900
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Resumo: |
A hanseníase no Brasil é endêmica em três regiões: norte, nordeste e centro-oeste. Na região Centro-Oeste o Estado de Mato Grosso do Sul, faz fronteira com dois países da América Latina: Bolívia e Paraguai, com doze municípios na linha de fronteira. As cidades com áreas urbanas contíguas entre o Brasil e Paraguai têm como característica intenso fluxo de pessoas, bens e serviços, cuja mobilidade favorece a transmissão de doenças e influencia no perfil epidemiológico da hanseníase. Os objetivos da tese foram: comparar características epidemiológicas, sociais e demográficas da hanseníase em grupos de municípios da fronteira e não fronteira, descrever as características sociais e demográficas da população investigada e descrever as características clínicas da hanseníase na população investigada. Trata-se de um estudo descritivo exploratório da hanseníase nos quatro municípios da linha de fronteira seca com áreas urbanas contiguas entre Brasil e o Paraguai, no Estado de Mato Grosso do Sul: Coronel Sapucaia, Paranhos, Ponta Porã e Sete Quedas. O período do estudo foi de 2001 a 2011. Para efeito de comparação os coeficientes de detecção do Estado de Mato Grosso do Sul, no período do estudo, foram separados em três grupos: grupo I – municípios da linha de fronteira com áreas urbanas contíguas; grupo II – município de linha da fronteira sem áreas urbanas contíguas e o grupo III- demais municípios do Estado, totalizando 79 municípios. Os dados foram obtidos a partir da base de dados composta pelas fichas de notificação originais da Secretaria de Estado de Saúde. O coeficiente de detecção anual de casos novos de hanseníase por 100.000 habitantes mostrou uma tendência de aumento do coeficiente nas cidades do grupo I, de 24 para 36/ 100.000 habitantes, as cidades do grupo II, apresentam tendência de queda do coeficiente (diminuição de 32 para 23/ 100.000 habitantes). Nos municípios do grupo III o coeficiente de detecção dos casos não mostra variação. Os coeficientes de detecção e prevalência da hanseníase mostraram oscilação no período com aumento nos dois últimos anos do estudo. O coeficiente de detecção passa de 2,4/10.000 habitantes, em 2009 para 3,3 em 2011. A prevalência passou de 2,5/10.000 habitantes, em 2009 para 5,3 em 2011. A forma virchowiana predominou em oito dos onze anos do estudo. Os portadores são na maioria do sexo masculino, de baixa escolaridade; 44,2% tinham menos de quatro anos de estudo. Situação que implica no aumento da transmissão da doença e configura o território de fronteira como importante na manutenção da hanseníase como endêmica. O resultado evidenciou particularidades como os casos na área rural de Ponta Porã, casos em menores de 15 anos do município de Sete Quedas epidemiológicas nos municípios de fronteira com áreas urbanas contiguas que precisam ser considerados nas políticas públicas de eliminação da hanseníase como problema de saúde pública. |