Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Fernando Aguilar |
Orientador(a): |
Chang, Marilene Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1880
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Resumo: |
A identificação do agente etiológico de meningite bacteriana é vital, pois a gravidade da doença, o comportamento epidemiológico e a profilaxia a ser aplicada estão diretamente relacionados ao agente. Do ponto de vista da saúde pública, é relevante devido ao potencial de produzir surtos, graves seqüelas e expressiva morbimortalidade. O presente estudo foi conduzido com o objetivo de conhecer a etiologia e o perfil de susceptibilidade dos principais agentes bacterianos isolados de líquido cérebro-espinhal (LCE), pelos laboratórios de microbiologia de três hospitais de grande porte de Campo Grande-MS, no período de 2005 a 2008. Foram analisados 3.368 resultados de análises quimiocitológicas e microbiológicas armazenados no banco de dados de cada hospital. As 354 amostras com alterações quimiocitológicas e microbiológicas sugestivas de meningite bacteriana foram incluídas no estudo. Os agentes mais isolados foram Streptococcus pneumoniae (12,7%), Neisseria meningitidis (3,7%), enterobactérias (3,1%), Staphylococcus spp (2,5%), Acinetobacter baumannii (2,3%) e Pseudomonas aeruginosa (1,7%). Com relação à análise quimiocitológica, houve associação estatisticamente significativa entre o predomínio de polimorfonucleares e a elevada proteinorraquia e a evolução dos pacientes. A letalidade geral foi de 25,1%. A positividade da bacterioscopia foi de 24,3% e o isolamento em cultura permitiu a identificação do agente em 20,6% das amostras analisadas. No antibiograma somente três amostras de S. pneumoniae foram resistentes à penicilina. Frente ao imipenem, a resistência encontrada foi de 75,0% para Acinetobacter e 42,9% para Pseudomonas. Com relação às enterobactérias, 63,6% foram resistentes à ceftriaxona e 36,6% à cefepime. O conhecimento prévio do perfil de resistência microbiana pode colaborar na conduta terapêutica possibilitando melhor uso de antimicrobianos. O estudo mostrou a necessidade de melhorias na estrutura diagnóstica a fim de se reduzir o número elevado de casos de meningite não-especificada. As alterações quimiocitológicas são úteis na avaliação diagnóstica, mas a identificação dos agentes envolvidos é fundamental para conhecer a epidemiologia da doença auxiliando no tratamento e no planejamento de ações de controle. |