30 anos de rock: Raul Seixas e a cultura brasileira (de 1970 a contemporaneidade)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Devides, Dilson Cesar
Orientador(a): Santos, Edgar Cezar Nolasco dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1120
Resumo: Inserir a figura de Raul Seixas como intelectual que pensa seu tempo, minimizando a imagem negativa de zombeteiro e trocista, já que essas são caracteristicas próprias da obra desse pensador, que por meio delas pretendia alcançar uma ampla faixa da sociedade. Para tal inclusão, primeiramente fez-se uma análise das letras de música de Seixas que tratavam, mesmo que tangencialmente, do periodo ditatorial no brasileiro durante a década de 1970. Constatou-se que esse pensador não só criticava o regime de exceção, no que tange ao cerceamento de opinião e de liberdade, como também as questões politicas, economicas e sociais da época. No segundo momento, buscou-se ler algumas composições que discorriam sobre a religiosidade, verificando que, para esse pensador, questões maniqueistas não eram bem aceitas, pois privilegiava a força humana e defendia o livre arbitrio (afastando conotações biblicas). Na terceira e última etapa, procurou-se estabelecer ligações entre Seixas e discussões contemporaneas, tais como: o mercado cultural, a cultura de massa, sendo aqui possivel perceber que Seixas estava já no limiar entre a cultura de massa e a erudita, e que não ignorava assuntos referentes ao mercado, mas se mantinha de fora, criticando principalmente o consumo; o Brasil do fim do regime militar - pela comparação de tres composições (Aluga-se; Brasil e Que pais é esse), pode-se notar que Seixas estava atento a essa mudança da mesma forma que os compositores mais atuais; a presença de Paulo Coelho na obra de Seixas, evidenciando que as letras compostas em parceria com o escritor são de cunho espiritualista e mistico, enquanto as composições exclusivas de Seixas tendem ao materialismo e ao racionalismo.