Ficção, história e ideologia nas reedições críticas de Visconde de Taunay

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Neves, Fábio Luis Silva
Orientador(a): Ourique, João Luis Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2004
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar algumas reedições de obras do Visconde de Taunay surgidas nos anos de transição entre os séculos XX e o XXI, de modo a tanto fornecer ao leitor e ao pesquisador uma leitura crítica destas reedições, quanto apresentar uma outra versão histórico-literária do período. Tendo como base de nosso corpus a reedição do conto “Ierecê a Guaná”, de 2000, organizada por Sérgio Medeiros, propomos também a análise de outras duas reedições: a das Memórias, de 2005, também organizada por Medeiros, e a de Inocência, de 2006, dirigida por Hildebrando Campestrini e editada pelo Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul. Partindo da análise de parte da fortuna crítica do Visconde de Taunay, produzida no século passado, e estabelecendo comparações com as manifestações críticas presentes nas reedições mencionadas, constatamos um embate crítico. Para tanto, apresentamos como base do percurso o material histórico sobre o autor, produzido por renomados críticos brasileiros do século XX, e formulações teóricas condizentes com o período em que as reedições se inserem. Ou seja, tais reedições têm proposta distinta da crítica que consagrou por mais de um século o escritor romântico brasileiro: nelas, a ficção é relida como manifestação direta, sem mediação, da vivência cultural e política do escritor e é indevidamente apropriada como uma fundação simbólica e atemporal que traz como resultado o fato de a ficção ser transformada em ideologia