Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ferraz, Carlos César Bontempo |
Orientador(a): |
Aydos, Ricardo Dutra,
Mattos, Inês Echenique |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2346
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Resumo: |
A capacidade funcional pode ser definida como a aptidão do indivíduo em desempenhar suas atividades da vida diária, sem disfunção ou limitação e está relacionada a uma combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos. A avaliação da funcionalidade antes e depois do início do tratamento do câncer pode contribuir para a prevenção de incapacidades e para uma melhor qualidade de vida nos pacientes. Este estudo teve como objetivo analisar os fatores associados à incapacidade funcional em idosos com câncer de próstata incidente, atendidos em hospitais do Sistema Único de Saúde de Campo Grande, MS. Foram utilizados dados secundários do projeto de pesquisa “Avaliação Geriátrica Multidimensional em idosos com câncer de próstata: viabilidade de implantação e potencial de impacto na sobrevida.” Constituíram a população de estudo 174 indivíduos que atenderam os critérios de inclusão e foram entrevistados entre abril de 2012 e março de 2014. Realizou-se a análise descritiva da população de estudo, segundo variáveis sociodemográficas e de dimensões da saúde global, entre elas a funcionalidade, e estimou-se a prevalência de dependência funcional em Atividades Básicas de Vida Diária (AVDs) e em Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVDs). Posteriormente, as variáveis que apresentaram associações estatisticamente significativas com esses dois desfechos foram avaliadas em modelos múltiplos por meio da regressão de Poisson. A média de idade da população de estudo foi de 72,09 (± 7,15) anos e a mediana de 72,0 anos, sendo que 43% dos indivíduos encontrava-se na faixa etária de 60-69 anos (n=75). A prevalência de dependência em AVDs na população de estudo foi de 20,1% (n=35), enquanto a prevalência de dependência em AIVDs correspondeu a 41,4% (n=72). Em relação a dependência em AVDs, idade (RP=1,07), escolaridade (RP=2,00) e estado emocional (RP=2,25) foram fatores independentes associados à incapacidade funcional nessas atividades no modelo final. No modelo múltiplo, mostraram associação independente com incapacidade funcional em AIVDs as variáveis idade (RP=1,04), escolaridade (RP=2,12) e cognição (RP=1,50). Os resultados apresentados são similares aos observados na literatura e apontam para a necessidade da realização de estudos longitudinais que avaliem fatores de risco para dependência nesse grupo populacional, de forma a subsidiar o planejamento de estratégias de promoção de saúde e prevenção de incapacidades, que visem à independência e melhor qualidade de vida dos idosos. |