Tipagem molecular e suscetibilidade antifúngica de Cryptococcus isolados de pacientes em hospital universitário com investigação domiciliar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Pasa, Chrystiane Rodrigues
Orientador(a): Chang, Marilene Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/314
Resumo: A criptococose é uma infecção de caráter sistêmico causada por Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. Acomete tanto pacientes imunodeprimidos como normais e apresenta alta letalidade. O objetivo deste estudo foi verificar a espécie e o tipo molecular de Cryptococcus isolados de casos diagnosticados, determinar o perfil de suscetibilidade a antifúngicos utilizados na prática clínica e investigar a presença desses agentes no ambiente domiciliar dos pacientes com criptococose atendidos em Hospital Universitário de Mato Grosso do Sul no período de fevereiro de 2009 a julho de 2010. As amostras clínicas e ambientais foram identificadas por testes fenotípicos padronizados. A suscetibilidade antifúngica foi determinada pelo método de microdiluição em caldo conforme Clinical Laboratory Standards Institute (M27-A3) com os antifúngicos fluconazol, itraconazol, voriconazol e anfotericina B. A tipagem molecular foi realizada pelo método Restriction Fragment Length Polymorphisms - URA5. No período foram diagnosticados 15 pacientes com criptococose. Meningoencefalite (46,7%) e infecção disseminada (26,7%) foram as síndromes clínicas mais observadas. Entre os pacientes estudados 60,0% eram portadores do HIV. A letalidade geral foi de 46,7%, sendo 44,5% em HIV positivos e nenhum óbito foi observado em HIV negativos. A tipagem molecular das leveduras isoladas de amostras clínicas revelou que 73,3% eram C. neoformans (VNI) e 26,7% C. gattii (VGII). Em apenas uma residência das seis visitadas foi possível isolar C. neoformans com o mesmo tipo molecular da amostra clínica (VNI). Cryptococcus neoformans e C. gattii foram sensíveis a todos os antifúngicos testados. A presença de Cryptococcus neoformans na poeira doméstica sugere a possibilidade de infecção intradomiciliar e ressalta a importância de estudar a ecoepidemiologia desta doença. Este foi o primeiro trabalho de caracterização molecular e de suscetibilidade antifúngica de Cryptococcus sp. realizado em Mato Grosso do Sul e pela primeira vez foi realizado a tipagem molecular de Cryptococcus sp. isolados do ambiente domiciliar dos pacientes com criptococose.