Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Cristiane Munaretto |
Orientador(a): |
Figueiró-Filho, Ernesto Antônio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2262
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Resumo: |
As trombofilias durante a gestação têm sido relacionadas com a maioria dos eventos trombóticos maternos e complicações obstétricas. Em virtude das graves complicações, o interesse no tratamento das trombofilias durante ciclo gravídico-puerperal tem sido objeto de intensa investigação. Deste modo, objetivou-se avaliar os desfechos materno-fetais subsequentes à intervenção com heparina de baixo peso molecular – enoxaparina - baseada em sistema de pontuação em mulheres com marcadores séricos para trombofilias e antecedente de complicações obstétricas. Realizou-se estudo retrospectivo a partir da revisão de prontuários das gestantes que cumpriram o Protocolo Assistencial para trombofilias na gravidez do Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia do Núcleo Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no período de novembro de 2009 a dezembro de 2013. O número de aborto espontâneo, óbito fetal/perinatal, nascidos vivos, nascimentos pré-termo, nascimentos a termo e ocorrência de pré-eclâmpsia em gestações anteriores e posteriores à intervenção foram comparados utilizando Teste do Qui-Quadrado (χ2) com correção de Yates ou Teste Exato de Fisher, considerando significativos valor p <0,05. Este estudo incluiu 109 pacientes com 254 gestações anteriores a intervenção com enoxaparina, das quais 48,8% (124/254) resultaram em aborto espontâneo, 20,5% (52/254) em óbito fetal/perinatal e 14,2% (36/254) desenvolveram pré-eclâmpsia. Os nascidos vivos totalizaram 30,7% (78/254), dos quais 11,8% (30/254) foram nascimentos pré-termo e 18,9% (48/254) nascimentos a termo. Entre as 109 gestantes estudadas, 36,7% (40/109) usaram apenas heparina de baixo peso molecular, 41,3% (45/109) associaram heparina de baixo peso molecular ao ácido acetilsalicílico 100mg/dia, 12,8% (14/109) heparina de baixo peso molecular e suplementação de ácido fólico e vitamina B6 e B12 nas doses de 10 e 0,1mg/dia, respectivamente, e 9,2% (10/109) utilizaram heparina de baixo peso molecular associada ao ácido acetilsalicílico e suplementação de ácido fólico e vitamina B6 e B12 nas doses descritas anteriormente. A dose de heparina de baixo peso molecular utilizada com maior frequência foi de 40mg/dia, em 76,2% dos casos. Das 109 gestações tratadas, 0,9% (1/109) resultaram em aborto, 2,7% (3/109) em óbito fetal/perinatal e 15,6% (17/109) desenvolveram pré- eclâmpsia. Os nascidos vivos perfizeram 96,4% (105/109) das gestações, dos quais 68,0% (74/109) foram a termo e 28,4% (31/109) pré-termo. Observou-se redução significativa de aborto espontâneo (p <0,0001) e óbito fetal/perinatal e, elevação significativa de nascidos vivos (p <0,0001). Os dados obtidos neste trabalho sugerem que a intervenção com enoxaparina durante a gravidez de mulheres com marcadores séricos para trombofilias e antecedente de complicações obstétricas mostrou-se eficiente contribuindo para melhora dos desfechos obstétricos. |