Detalhes bibliográficos
| Ano de defesa: |
2021 |
| Autor(a) principal: |
SANTOS, ANA CAROLINE GONCALVES GOMES DOS
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| Orientador(a): |
MACHADO, VERA DE MATTOS
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| Banca de defesa: |
MACHADO, VERA DE MATTOS
,
ROBERTO, LUCIA HELENA SASSERON
,
LABARCE, ELIANE CERDAS
,
CARVALHO, ANNA MARIA PESSOA DE
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| Tipo de documento: |
Tese
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| Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
| Idioma: |
por |
| Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
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| Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências
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| Departamento: |
INFI
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| País: |
Brasil
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| Palavras-chave em Português: |
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| Área do conhecimento CNPq: |
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| Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/11385
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Resumo: |
As Funções Psicológicas Superiores (FPS) são processos cognitivos tipicamente humanos, formados durante o percurso histórico-cultural da nossa espécie. Elas estão condicionadas ao processo de internalização de significados culturalmente construídos, e quanto mais ricos são os contextos de apropriação da cultura, mais essas funções se desenvolvem, tornando o comportamento cada vez mais humanizado. A educação escolarizada, que se pauta na apreensão de conceitos científicos, pode elevar as FPS a patamares que vão além dos alcançados com a aprendizagem informal. No entanto, não são quaisquer atividades pedagógicas que propiciam as melhores condições para o desenvolvimento das formas superiores de cognição. Nesse contexto, defendemos a tese de que o Ensino por Investigação (EI) é uma abordagem didática com potencial para promover a mobilização de FPS, pois fomenta a participação ativa dos alunos na construção do conhecimento e se pauta no desenvolvimento da alfabetização científica. Diante disso, a pesquisa teve o objetivo de investigar as FPS mobilizadas em atividades fundamentadas no EI, a fim de buscar respostas para o seguinte problema: Quais Funções Psicológicas Superiores são mobilizadas durante atividades baseadas no Ensino por Investigação aplicadas a alunos do quarto ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental? Para tanto, elaboramos sequências didáticas (SDs) baseadas no EI que foram desenvolvidas com alunos de 4º ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Baseamo-nos em concepções da pesquisa do tipo intervenção pedagógica para conduzir as investigações. Dessa forma, as SDs se configuraram como o método de intervenção, o qual foi elaborado a partir das fases do ciclo investigativo presentes na literatura sobre o EI. Todas as interações e atividades desenvolvidas nas SDs foram filmadas e transcritas e, para a análise, utilizamos a Análise Microgenética fundamentada na Teoria Histórico-Cultural do desenvolvimento humano para identificar indícios de mobilização de FPS pelos alunos e a ferramenta Diagnóstico de Elementos do Ensino de Ciências por Investigação (DEEnCI), junto a considerações sobre graus de liberdade intelectual de propostas de ensino, para avaliar as SDs quanto às características investigativas. Na análise das interações discursivas, constatamos indícios de mobilização de FPS, como pensamento, linguagem, atenção, percepção, memória, abstração, emoções e imaginação. A mobilização de tais funções esteve diretamente relacionada ao desenvolvimento de práticas características do EI, pois, a partir das análises, verificamos que atividades propostas apresentam elementos compatíveis com o EI, embora sejam necessários ajustes no planejamento e condução de algumas atividades. Apesar das limitações identificadas, verificamos que as atividades baseadas no EI permitiram a mobilização da atividade intelectual dos estudantes, pois estes participaram ativamente da construção do próprio conhecimento e socializaram modos de pensar enquanto realizavam práticas que se aproximam da cultura científica. Em face do exposto, o Ensino por Investigação pode ser considerado uma abordagem significativa para a mobilização de FPS, promovendo mudanças significativas no desenvolvimento cognitivo dos alunos. |
