Processo de decisão estratégica em equipes de direção de pequena empresa: o papel da aprendizagem e do conflito cognitivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Maia, Tatiane Silva Tavares
Orientador(a): Lima, Edmilson de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2517
Resumo: Este trabalho tem por objetivo geral compreender como a aprendizagem e o conflito cognitivo contribuem para o processo de decisão estratégica em PEs, tendo em vista os casos selecionados. A amostra da pesquisa é composta por quatro empresas de base tecnológica, as quais foram escolhidas segundo critérios definidos no estudo. A abordagem metodológica é descritiva, baseada em métodos qualitativos de pesquisa e no estudo multicaso (Eisenhard, 1989). A coleta dos dados foi feita, principalmente, por meio de entrevistas em profundidade, cujas análises incluíram duas etapas, análise intracaso e intercaso, conforme as recomendações de Miles & Huberman (1994). Os resultados da pesquisa demonstraram muitas ideias a respeito de como a aprendizagem e o conflito cognitivo contribuem para o processo de decisão estratégica em PEs. Permitiram perceber neste processo, a manifestação da aprendizagem em circuito duplo e dos conflitos cognitivos na interação e no comportamento dos codirigentes quando realizaram seus processos decisórios. Tais constructos direcionaram elementos como a intuição e a improvisação, fatalmente presentes nos processos de decisão estratégica das PEs, os quais se tornaram melhor trabalhados. O conflito cognitivo amenizou a improvisação dos processos na medida em que face a ele foram empreendidas mais análises e reflexões sobre as decisões. Além disso, notou-se que as decisões estratégicas não foram apoiadas apenas na intuição. Diante dos conflitos cognitivos elas foram desmistificadas, recebendo a profundidade de análise necessária via debates nas equipes de direção. Indiscutivelmente, os processos de decisão estratégica foram determinados pelos conflitos cognitivos que levaram ao questionamento das possibilidades, oportunizando aos codirigentes um processo de aprendizagem em circuito duplo. Conclui-se, com a pesquisa, que a descrição sobre como ocorreram os processos de decisão estratégica nas PEs estudadas é bem diferente de modelos prontos encontrados na literatura. A diferença mais importante é que eles foram bastante simples, mais pautados em diálogos do que em análises de projeções numéricas ou de cenários futuros. A conclusão central é que o comportamento dos codirigentes nos processos de decisão estratégica das quatro PEs pesquisadas combina mais com a aprendizagem em circuito duplo do que com procedimentos de análise racional.