Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Chinchay, Gerardo Manuel García |
Orientador(a): |
Ferreira, Rogério Vicente |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1132
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Resumo: |
A configuração atual de Hispano-América se deve à posição de vantagem que a língua espanhola teve diante das línguas indígenas americanas. No espaço andino, especialmente no Peru, esse contato e posterior substituição de línguas têm configurado um espanhol diferente do padrão, que é conhecido como o espanhol andino. Esse espanhol é obtido de duas maneiras: a primeira, como segunda língua de aprendizagem, dos falantes nativos de quechua ou aimara; a segunda, como língua materna em zonas onde antes se falava uma das línguas andinas. Sobre esse segundo aspecto, um exemplo real ocorre com os falantes da província de Canta, localizada na região de Lima, a 101 km da cidade de Lima, capital do Peru. Nossa pesquisa aborda alguns aspectos fonológicos, morfossintáticos e léxicos do espanhol de Canta. Nessa província, onde, atualmente, existem só falantes monolíngues de espanhol, sendo essa variedade de espanhol possuidora de várias marcas (ou transferências) de um antigo contato com as línguas andinas. Essas marcas são visíveis em todos os níveis, desde o fonológico e morfossintático até o léxico. No plano fonológico, encontra-se a pervivencia de dois fonemas e uma aproximante; no morfossintático, chama a atenção o comportamento pronominal dos casos acusativo e dativo; no léxico, encontra-se uma grande quantidade de palavras indígenas adotadas e não adotadas, assim como a presença dos híbridos. Na construção do referencial teórico da pesquisa, foram utilizados os trabalhos de Thomason (2001), Appel e Muysken (1996) sobre o contato de línguas; as contribuições de Thomason e Kaufman (1988) sobre transferências; os aportes de Malmberg (1967), Alcaráz e Martinez (1997) sobre substrato e, por último, acerca da teoria da multicausalidade ou causa múltipla, baseamo-nos em Malkiel (1967) e, na sua aplicação no mundo hispânico, optamos por De Granda (1999). |