Influência do acréscimo de diferentes concentrações de nanopartículas de titanato de bário (batio3) e dióxido de silício (sio2) sobre a biocompatibilidade e potencial osteogênico do polímero de mamona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Nacer, Renato Silva
Orientador(a): Delben, Angela Antonia Sanches Tardivo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2528
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do acréscimo de diferentes concentrações de nanopartículas de BaTiO3 e SiO2 sobre a biocompatibilidade e potencial osteogênico do polímero de mamona. Foram utilizados 72 ratos machos adultos da linhagem Wistar, distribuídos em 6 grupos distintos e tiveram defeito ósseo preenchido com polímero de mamona acrescido com diferentes concentrações de SiO2 e/ou BaTiO3, em adição ao material ou em substituição parcial ao carbonato de cálcio (CaCO3). No grupo 1, acrescentou-se o equivalente a 10% de SiO2 em substituição à 10% de CaCO3. No grupo 2, adicionou-se 10% BaTiO3 em substituição a 10% de CaCO3. No grupo 3, foram adicionados 5% de SiO2 e 5% de BaTiO3 ao polímero. No grupo 4 acrescentou-se 10% de SiO2 e 10% BaTiO3 ao material. O grupo 5 recebeu 5% de SiO2 e 5% de BaTiO3, em substituição a 10% de CaCO3. Por fim, o grupo 6 teve adição de 10% de SiO2 e 10% de BaTiO3 em substituição a 20% de CaCO3. Decorrido o período de 30 e 60 dias de observação, os animais foram submetidos a eutanásia e os fêmures foram encaminhados para avaliação morfométrica em microscopia eletrônica de varredura, análise histológica descritiva e histomorfométrica. Os implantes apresentaram poros escassos e pouca rugosidade na superfície externa, e superfície interna com poros de diferentes dimensões e irregularidades microgeométricas em toda extensão do implante. A avaliação morfométrica por MEV e histomorfométrica constatou que houve neoformação óssea progressiva em todos os grupos e períodos avaliados. As diferentes concentrações de SiO2 e/ou BaTiO3 não impediram a neoformação óssea, não alteraram a capacidade osteocondutora do polímero de mamona e influenciaram na magnitude do potencial osteogênico do biomaterial. A média da porcentagem de neoformação óssea foi discrepante nos grupos que receberam adição da mesma concentração de SiO2 e BaTiO3 (Grupo 4 e 6), aos 30 e 60 dias de observação. O potencial osteogênico foi maior nos animais que receberam implante que substituiu proporcionalmente o CaCO3 por SiO2 e BaTiO3 (grupo 6). A adição de 10% SiO2 e BaTiO3 substituindo o CaCO3 resultou em maior osteogênese em ambos os períodos de observação, no entanto, o acréscimo de 5% SiO2 e BaTiO3 não foi suficiente para estimular significativamente a osteogênese e garantir a manutenção da progressão de osso neoformado. O polímero de mamona com acréscimo de 10% de SiO2 e 10% de BaTiO3 em substituição a 20% de CaCO3 apresentou maior potencial osteogênico, permitindo a aceleração da neoformação óssea na interface e no interior do implante quando comparado aos demais grupos.