Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Molon, Vilmar |
Orientador(a): |
Kruel, Cleber Dario Pinto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/11369
|
Resumo: |
Introdução: O controle da dor pós-operatória em procedimentos de cirurgia plástica é fundamental visto que, em sua maioria, na atualidade, são realizados em regime ambulatorial. A isso se soma, também, o controle das náuseas e vômitos, sendo esses três componentes os maiores responsáveis pela baixa hospitalar de pacientes submetidos a procedimentos inicialmente programados para serem ambulatoriais. Náuseas e vômitos estão relativamente sob controle com o advento de novas drogas para esse fim. Permanece, no entanto, a dor. A analgesia preemptiva tem se mostrado uma alternativa viável à clássica analgesia multimodal, notadamente nos últimos anos, com o emprego dos inibidores seletivos da COX-2. Objetivos: Testar o lumiracoxibe 400mg, um inibidor seletivo da COX-2 de última geração contra um placebo, e avaliar o consumo de analgésico no pós-operatório de pacientes submetidas à cirurgia de mamoplastia de aumento sob anestesia peridural torácica. Métodos: 60 pacientes do sexo feminino foram randomizadas em dois grupos de 30. As pacientes do grupo 1 (G1) receberam, sessenta minutos antes da cirurgia, uma cápsula de lumiracoxibe 400mg, enquanto que as pertencentes ao grupo 2 (G2) receberam uma cápsula de placebo. Foi anotado, no pós-operatório, o tempo médio de solicitação da primeira dose de analgésico dentro das primeiras vinte e quatro horas após o bloqueio anestésico, em ambos os grupos, através da aplicação da Escala Analógica Visual de Dor (EAV). Se os valores fossem de quatro ou menos, as pacientes recebiam dipirona 15mg/kg; se o valor declinado fosse cinco, seis ou sete, as pacientes recebiam tramadol 50mg. Anotou-se, também, nas primeiras vinte e quatro horas, o número total de doses de analgésico consumido e qual o tipo de analgésico. Anotou-se, da mesma forma, o número de doses de analgésico e, dessas, o número de doses de dipirona e de tramadol por um período de quatro dias subseqüentes ao primeiro dia. Os dados foram analisados pelo Teste U de Mann-Whitney e pelo teste T de Student. Resultados: O tempo médio para solicitação de analgésico pela primeira vez no G1 foi de 535minutos e no G2, de 334 minutos (p = 0,02). O número médio de doses de analgésico consumido no primeiro dia foi de 2,17 doses para o G1 e de 3,2 doses para o G2 (p = 0,005). Dessas, as de dipirona foram de 1,7 doses no G1 e de 2,13 doses no G2 (p = 0,12), enquanto que do tramadol foram de 0,47 doses para o G1 e de 1,07 para o G2 (p = 0,02). Nos quatro dias subseqüentes, o número médio de doses consumidas foi de 3,57 para o G1 e de 5,7 para o G2 (p = 0,09). As doses médias de dipirona consumidas neste período foram de 2,07 doses para o G1 e de 3,9 doses para o G2 (p = 0,009). Para o tramadol, o consumo, nesse mesmo período, foi de 1,5 doses para o G1 e de 1,27 doses para o G2 (p = 0,69). Conclusões: O grupo do lumiracoxibe, teve diminuída a necessidade pósoperatória de analgésicos quando comparado ao grupo do placebo, notadamente dentro das primeiras vinte e quatro horas. O emprego continuado, desse fármaco, no pós-operatório, poderia garantir uma analgesia de relevância clínica. Novos estudos, com grupos maiores e com aumento da dosagem inicial do lumiracoxibe, serão mais esclarecedores, pois o seu uso parece promissor para ser utilizado em analgesia preemptiva. |