Influência do cálcio e do magnésio sobre o peso corporal: uma abordagem experimental com ratos Wistar em crescimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ramires, Amariles Diniz
Orientador(a): Braga Neto, José Antonio, Oliveira Júnior, Silvio Assis de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2082
Resumo: O aumento do peso corporal constitui um grave problema mundial de saúde pública, pelo risco elevado de doenças associadas, como diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão e algumas formas de câncer. A escolha de alimentos com alto valor energético e pobres em micronutrientes agrava o quadro nutricional e contribui para a deficiência de minerais importantes para a saúde humana. O uso de minerais, entre eles o cálcio e o magnésio, no controle do peso corporal tem sido objeto de várias pesquisas. O objetivo deste estudo foi analisar a suplementação da ração de ratos Wistar com os minerais cálcio e magnésio. Para tanto, conduziu-se um ensaio biológico com 24 animais, distribuídos em quatro grupos de seis. O grupo controle (GI) recebeu ração no padrão AIN-93G (19,74% de proteína, 7,48% de lipídeo, 52,64% de carboidrato e 3,5% de mistura salina, com 5 000 mg de cálcio e 500 mg de magnésio por quilo de ração); o grupo suplementado com cálcio (GII) recebeu essa ração contendo aproximadamente o quádruplo deste mineral; o grupo suplementado com magnésio (GIII) a recebeu com aproximadamente o quádruplo deste mineral; e o grupo suplementado com lipídeo (GIV) a recebeu com adição de 14% de óleo vegetal, porém sem suplementação dos minerais. As rações mantiveram-se isocalóricas (3,57 kcal/g). As variáveis mensuradas foram peso, coeficiente de eficácia alimentar, morfologia de fígado e rim e os seguintes parâmetros laboratoriais: colesterol total (CT), lipoproteína de alta densidade (HDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL), triglicérides (TG) e cálcio e magnésio séricos. Ao fim de 35 dias, constatou-se que os animais do grupo GII apresentaram menor índice de eficácia alimentar, quando comparados com os demais grupos, e consequentemente menor peso corporal, e também apresentaram aumento significativo nos níveis de VLDL, TG e cálcio sérico e diminuição no de magnésio sérico. As análises morfológicas de fígado e rim revelaram alteração tecidual em todos os grupos que receberam suplementação. A suplementação com cálcio revelou-se um possível recurso para o controle do peso corporal, diferentemente do observado com os animais que receberam suplementação de magnésio, cujos resultados se assemelharam aos dos controles.